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    Sete hospitais da Prevent Senior funcionam sem alvará em São Paulo, diz Prefeitura

    Operadora deve regularizar situação de hospitais em até 30 dias sob risco de fechamento, informou Prefeitura. Prevent ainda não se manifestou

    Giovanna Galvanida CNN , em São Paulo

    A Prefeitura de São Paulo informou por meio de nota nesta terça-feira (05) que a operadora de saúde Prevent Senior mantém, na capital paulista, sete hospitais sem as licenças de funcionamento necessárias.

    Segundo o informe, as unidades da Mooca, Santana, Bela Vista, Paraíso, Liberdade, Jardim Paulista e Pinheiros possuem situações distintas de ausência dos documentos necessários para conferir o funcionamento correto e regulamentado dos hospitais.

    As unidades da Mooca, Jardim Paulista e Pinheiros, por exemplo, foram autuadas na última sexta-feira (01) em uma operação de fiscalização da Prefeitura. As multas são de R$ 135 mil, R$ 33 mil e R$ 91 mil, respectivamente.

    Outras operações de fiscalização previstas ainda devem autuar a empresa com valores adicionais.

    O Hospital Sancta Maggiore, localizado na Zona Norte, estava com a solicitação de licença ainda em análise devido ao atraso da operadora em enviar documentação complementar, como a planta do hospital, os certificados de conclusão da obra e de segurança da edificação, além da comprovação de normas de acessibilidade à unidade.

    “A ausência dos documentos necessários para regularização ocasionou no indeferimento do pedido e, nos próximos dias, uma ação fiscalizatória autuará a unidade com aplicação de multa por funcionar de forma irregular”, complementou a Prefeitura sobre o caso.

    Segundo a Prefeitura de São Paulo, a Prevent Senior tem até 30 dias para regularizar todas as situações das unidades hospitalares junto às subprefeituras da capital. Caso o prazo não seja cumprido, os hospitais estarão passíveis a mais multas e fechamento administrativo.

    CNN procurou a Prevent Senior para comentar as informações, mas ainda não obteve retorno.

    Questionamentos

    A operadora enfrenta questionamentos acerca de seu funcionamento e de suas normas especialmente após a CPI da Pandemia passar a investigar como a operadora tratou pacientes com Covid-19 em unidades da rede hospitalar própria.

    Há denúncias do recebimento compulsório de medicamentos sem eficácia contra a doença, chamados de “kit Covid”, além da coação contra a atividade do livre diagnóstico médico.

    Com informações da CPI, o Ministério Público Estadual de São Paulo (MPSP) anunciou que formou uma força-tarefa para apurar os fatos narrados no Senado.

    A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) chegou a autuar a Prevent Senior por não informar aos pacientes que eles estavam recebendo os medicamentos do “kit Covid”.

    “A ANS está tomando todas as providências possíveis para apuração dos indícios de infrações à legislação da saúde suplementar e está atuando para um rápido retorno à sociedade dentro de suas atribuições”, disse a agência em nota.

    Além disso, a operadora passou a ser alvo de uma comissão parlamentar de inquérito própria organizada pela Câmara dos Vereadores de São Paulo.

    A investigação tem o objetivo de avançar nas irregularidades que teriam acontecido em unidades da operadora de saúde na capital paulista envolvendo o tratamento contra a Covid-19.

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