Séries Originais mostra cenário de guerra na fronteira do Brasil com o Paraguai
No meio do fogo cruzado está a população dos dois países; novo episódio de Supermodelos mostra as armadilhas da profissão
O novo episódio do CNN Séries Originais chega à fronteira oeste do Brasil, próxima ao Paraguai e responsável pela apreensão de quase 700 toneladas de drogas só no ano de 2020. A produção visitou a região que separa as cidades gêmeas de Ponta Porã (PR) e Pedro Juan Caballero, no Paraguai. É um território onde impera a lei do silêncio e o medo da violência imposta por criminosos que disputam o controle do tráfico com armas pesadas.
Quem manda na fronteira é o PCC (Primeiro Comando da Capital), inclusive no lado paraguaio. “O crime nessa região tem um produto que gera grande lucro e não está disposto a perder esse investimento que ele fez”, diz o coronel responsável por combater o crime organizado na fronteira com o Paraguai.
No meio do fogo cruzado está a população dos dois países. “O que fizeram o meu filho de 14 anos não faz com ninguém. Ninguém merece”, diz, chorando, a mãe de um adolescente assassinado.
A reportagem também acompanhou uma operação do Exército Brasileiro na fronteira. São cenas de guerra, com tanques e homens fortemente armados. Os tanques são equipados com uma câmera termal, capaz de identificar o calor do corpo humano. Tudo para tentar controlar a entrada de produtos contrabandeados no país, como cigarro e eletrônicos e coibir o transporte de drogas pelas estradas da região.
Supermodelos
No terceiro episódio da série Supermodelos, o Séries Originais aborda as desilusões da carreira e traz histórias de modelos que caíram em golpes ou tiveram os sonhos frustrados por causa de falsos empresários e aproveitadores.
A reportagem investiga o caso que ficou conhecido como “o bonde das Barbies”, um grupo de jovens aspirantes a modelos masculinos enganados por um falso empresário. A promessa era de fazerem carreira no disputado mundo da moda — mas a realidade era bem diferente e incluía abusos. “Eles conseguiram enganar tanta gente não só adolescente, mas como as próprias mães desses jovens adultos, afim de angariar e conseguir vantagens”, diz a procuradora do caso.
O episódio também vai debater a estigmatização dos jovens e das jovens modelos, muitas vezes tratados como garotos e garotas de programa: “As modelos daquela época elas tinham um carimbo na testa de que ‘sou disponível’ né, os homens achavam que modelo era prostituta’, que achar que por ser sensual, você está disponível pra outras coisas, aí você tem que saber driblar esse tipo de assédio. Foi o que fiz a vida inteira” conta a supermodelo Luiza Brunet.
“O book Rosa existe sim! Hoje tem muitas agências que trabalham com book rosa, mas eu diria que elas não são agências que trabalham com modelos de moda, certo?”, diz Dilson Stein, um famoso “descobridor” de novos talentos.
A sexualização dos corpos dos modelos também será tema do programa. “Eu comecei com 16, 17 anos. Então, eu não sabia o que era cara de tesão e eu tive que aprender”, conta Xuxa Meneghel. “Eu acho que é importante essa questão do trabalho psicológico mesmo. Disso de entender que faz parte da carreira e que não é distorcido, não é sujo não é nada disso” explica Gabi Rock, uma jovem de 19 anos, em busca da fama.