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    Sergio Vale: Salário mínimo afeta contas públicas e consumo da população

    Proposta do governo federal de aumentar salário mínimo para R$ 1.243 em 2023 pode representar queda no valor real em relação a 2018

    Fabrizio Neitzkeda CNN

    Em São Paulo

    Especialista CNN em economia Sergio Vale comentou, nesta segunda-feira (18), sobre a proposta do governo federal de elevar o salário mínimo para R$ 1.294 em 2023 – um aumento de 6,7%, mas sem ganho real em relação à inflação.

    Vale destacou que a proposta acompanha o retrospecto dos últimos três anos do governo de Jair Bolsonaro (PL). Para o especialista, a expectativa é de que, uma vez incorporada a inflação de 2022, o novo salário mínimo deve repetir o histórico da atual administração e encerrar o ano com uma queda de 3% sobre o valor de 2018, ainda no governo de Michel Temer (MDB).

    “Isso vai ser inédito. É a primeira vez que a gente vê uma queda de salário mínimo real em um governo desde os anos 1990. E isso significa a necessidade de um cuidado fiscal”, disse.

    Segundo o economista, por trás do ajuste baixo do salário mínimo, há uma preocupação de não impactar a previdência social – com quase metade dos pagamentos da remuneração mínima destinados a quem recebe a previdência, justificando a decisão do governo.

    “Por outro lado, o salário mínimo tem um peso grande na população brasileira. Quanto menos crescimento temos, menos potencial de consumo vemos acontecer. Tem um dilema importante que precisamos lidar. Por um lado, afeta diretamente as contas públicas, mas por outro, também afeta o consumo da população mais pobre”, concluiu.

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