Sequestro de bebê em MG foi planejado, afirma delegado à CNN
Investigação revela que médica suspeita tinha estrutura para receber a criança em casa, incluindo enxoval e itens de bebê, contradizendo alegação de surto psicótico
O delegado da Polícia Civil de Minas Gerais Carlos Fernandes revelou ao Live CNN que o sequestro de uma recém-nascida em Uberlândia foi um ato planejado. A suspeita, uma médica, tinha preparado uma estrutura completa para receber a criança em sua residência.
Segundo Fernandes, “ela tinha todo um enxoval ali no local, carrinho de bebê, fraldas, leite, então a gente acredita que ela tenha planejado esse crime”. Essa descoberta contradiz a alegação da defesa de que a mulher estaria em crise psicótica no momento do sequestro.
Detalhes do sequestro e resgate
A criança foi subtraída da maternidade do Hospital das Clínicas de Uberlândia na manhã de quarta-feira (24). Em um trabalho conjunto entre as polícias civis de Minas Gerais e Goiás, a bebê foi localizada e resgatada em poucas horas na cidade de Ituiutaba, em Minas Gerais.
O delegado informou que a suspeita, que atuava como médica em Ituiutaba, foi presa em flagrante. Imagens de segurança mostram a mulher saindo do hospital com a recém-nascida escondida em uma mochila nas costas.
Investigação em andamento
A polícia agora busca esclarecer se a suspeita tinha conhecimento específico sobre a vítima ou se entrou na maternidade com a intenção de sequestrar qualquer recém-nascido. Fernandes destacou que a investigada tinha vínculo empregatício com a universidade, o que facilitava seu acesso às instalações.
A defesa da acusada alega que ela sofre de transtorno afetivo bipolar e estava em surto psicótico no momento do crime. No entanto, o delegado afirmou que uma perícia psiquiátrica deverá ser proposta perante o Judiciário em um momento posterior.
A criança foi devolvida à família na tarde de quarta-feira, após receber os cuidados médicos necessários. O caso continua sob investigação para esclarecer todos os detalhes e possíveis envolvidos no crime.
(Publicado por Raphael Bueno, da CNN Brasil)