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    Separados por cortina especial, idosos abraçam parentes depois de meses isolados

    Dispositivo foi instalado em lar de idosos na zona oeste de São Paulo por iniciativa de empresário que pretende levar a ideia para asilos em toda a cidade

    Reuters

    Dirce Villas Boas, de 93 anos, moradora de um lar de idosos na zona oeste de São Paulo, passou 70 dias sem ver a filha até que no sábado (30) as duas puderam se abraçar e dançar juntas em uma reunião emocionante.

    A pandemia do novo coronavírus ainda não atingiu o pico em São Paulo, cidade mais afetada pela doença no país, que já registrou quase 30 mil pessoas mortes de acordo com os últimos dados do Ministério da Saúde.

    Mas, graças a uma nova invenção do empresário local Bruno Zani, a filha de Dirce Villas Boas, Dircyree Villas Boas, conseguiu abraçar sua mãe mais uma vez.

    Mas não foi um encontro normal de mãe e filha. As duas estavam separadas por uma cortina de plástico translúcido, equipada com orifícios para os braços – além disso, Dircyree recebeu também equipamentos adicionais de proteção. Apesar de todo o aparato, as duas conseguiram aproveitar o momento.

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    Zani, o empresário que investiu no sistema, trabalhava como decorador de festas antes de os negócios serem afetados pela pandemia. Ele costumava doar flores usadas nas festas para asilos.

    Ele disse que decidiu sobre essa ideia depois de conversar com psicólogos, terapeutas e outros especialistas. “O pontapé inicial foi o coração, foi sentir essa dificuldade do familiar e da pessoa que está confinada e não pode mais se encontrar”, afirmou.

    Embora esteja presente apenas em uma casa de repouso até agora, ele planeja levar sua cortina especial para asilos em toda a cidade.

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