Calor sufocante: meteorologista alerta para sensação térmica de 50 ºC em áreas litorâneas
Rio de Janeiro e Vitória devem sentir os efeitos da onda de calor potencializados pela umidade litorânea
A porta-voz e meteorologista da Climatempo Maria Clara Sassaki afirmou nesta terça-feira (19), em entrevista à CNN, que as regiões litorâneas devem ter sensação térmica próxima dos 50 °C em função da onda de calor sufocante que atinge o país nessa semana.
Toda a faixa litorânea de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, incluindo as capitais Vitória e Rio de Janeiro, devem sentir os efeitos desse fenômeno no fim de semana, quando as temperaturas máximas previstas se aproximam dos 40 °C.
“Para as regiões mais secas, não tem muita diferença entre a temperatura real e a sensação térmica. Agora, chama muita atenção a sensação térmica para áreas litorâneas. Se a temperatura está perto dos 40 °C, a sensação térmica pode chegar perto dos 50 °C”, explicou.
Alerta de perigo
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de nível laranja (perigo) para uma onda de calor que deve atingir o Brasil até o dia 22 de setembro.
Os locais mais afetados devem ser:
- Mato Grosso do Sul,
- São Paulo,
- Mato Grosso,
- norte do Paraná,
- oeste de Goiás,
- sudoeste de Tocantins
- e a região do Triângulo Mineiro.
É possível ver uma lista completa dos municípios inclusos no aviso de onda de calor aqui.
O que é uma onda de calor?
Segundo o Inmet, uma onda de calor é promovida por condições de tempo predominantemente seco, com aumento da insolação. O fenômeno é favorecido pela subsidência atmosférica – quando a pressão atmosférica entre os níveis médios e a superfície aumenta, gerando um aumento na temperatura da massa de ar.
Esse padrão de subsidência atmosférica, junto ao escoamento dos ventos níveis superiores da atmosfera, faz com que a onda de calor persista.
Conforme explicou a meteorologista da MetSul, Estael Sias, à CNN: “[O calor] cria o mecanismo de feedback, em que o ar seco esquenta mais a atmosfera e a atmosfera acaba deixando o ar mais seco. Ele forma uma verdadeira cúpula de calor. A gente tem que imaginar como se fosse uma tampa de panela segurando esse calor em superfície e a cada dia que passa mantendo esse ar seco”.
Apesar da prevalência de tempo seco, dentro da onda de calor também podem ocorrer chuvas intensas localizadas.
Veja dicas para amenizar o calor sufocante mesmo sem ar-condicionado.
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Entrevista produzida por Vinícius Tadeu