Sem pedir prisões e realizando buscas sem localizar armas, Exército diz que investigação sobre furto está avançada
Armas localizadas até agora foram abandonadas; buscas tiveram apoio de forças de segurança de São Paulo e Rio de Janeiro
O Exército brasileiro cumpriu quatro mandados de busca e apreensão por dois dias consecutivos na cidade de Guarulhos, na Grande São Paulo.
Celulares e computadores foram apreendidos nos locais, mas duas armas, furtadas do arsenal de guerra, em setembro, seguem desaparecidas.
Em coletiva realizada nessas tarde, o órgão informou que a investigação está em estágio avançado e que não pedir prisões – o que não foi feito até agora – pode fazer parte de uma estratégia.
Ao todo, 19 das 21 armas furtadas já foram localizadas com o apoio de forças de segurança de São Paulo e Rio de Janeiro. Em três ocasiões, as armas foram encontradas abandonadas nos respectivos estados após o recebimento de denúncias.
De acordo com o general Maurício Vieira Gama, chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste, 19 militares seguem presos administrativamente. Eles eram responsáveis pela cadeia de guarda e manutenção de armas e não têm ligação com o furto.
O antigo diretor do Arsenal de Guerra de São Paulo, tenente-coronel Batista, foi exonerado do cargo.
Não temos dúvidas de que houve furto. Descartamos a possibilidade de falha na contagem
Maurício Vieira Gama
A principal linha de investigação é que militares tenham participado da ação que resultou no furto das metralhadoras que foram classificadas como “inservíveis” pelo fato dos custos dos reparos serem elevados.
“Não teria outra forma das armas saírem sem a ação de militares, detalhes estão sendo investigados”, afirmou o general.
A finalização do inquérito que segue sob sigilo e a indicação de responsáveis pelo crime deve acontecer até meados dezembro.