Sem combustível, viaturas da GCM estão paradas em São Paulo
CNN teve acesso a comunicações de rádio e e-mails internos da GCM que pedem aos agentes para que as viaturas permaneçam apenas pela sua região de trabalho
Viaturas da Guarda Civil Metropolitana (GCM) da cidade de São Paulo amanheceram paradas em suas unidades de serviços, nesta terça-feira (24). O motivo, segundo servidores, seria ausência de combustível.
A CNN teve acesso a comunicações de rádio e e-mails internos da GCM que pedem aos agentes para que as viaturas, que poderiam apoiar outras unidades da Guarda, permaneçam pela sua região de trabalho. “Os apoios somente na sua unidade”.
Para o presidente do Sindicato de Guardas Civis Metropolitanos de São Paulo (Sindguardas-SP), Evandro Fucítalo, isso estaria ocorrendo por conta de um problema operacional. Ele diz que a Prefeitura, que possui convênio com postos de combustíveis, não teria realizado o repasse financeiro para a empresa responsável por disponibilizar o “cartão combustível”. O órgão, por meio de nota, negou a informação e disse que “as atividades seguem normalmente e as viaturas estão cumprindo rotina normal”.
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“Recebemos informações de diversas unidades da GCM que as viaturas alugadas estão paradas em toda a cidade por falta de combustível. A maior cidade, a cidade mais rica do Brasil e uma das maiores da América Latina, por causa da ineficiência da atual gestão Bruno Covas, não tem dinheiro para abastecer as viaturas”, disse em vídeo encaminhado à CNN.
Segundo Fucítalo, a maioria das viaturas estão paradas e as poucas que têm combustível estariam com “menos de meio tanque”. “O abastecimento é feito através de cartão combustível. A empresa não tem saldo, a Prefeitura não fez o repasse do dinheiro para a empresa, para que a viatura abasteça nos postos de combustíveis. Então todas as viaturas estão paradas”, alegou.
Na noite desta segunda, um e-mail interno enviado aos comandos da GCM da cidade informava que “o problema de abastecimento das VTR’s [viaturas] será sanado nas primeiras horas de 24/11/2020”. No entanto, os veículos permanecem parados até a publicação dessa reportagem.
Em nota enviada pela Secretaria de Segurança Urbana, da Prefeitura de São Paulo, a pasta informa, porém, que adota as “medidas administrativas para prevenir e evitar dificuldades operacionais”, como a enfrentada na manhã desta terça (24).