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    Sem aulas presenciais, perda educacional já é monstruosa, diz secretário de SP

    À CNN Rádio, Rossieli Soares avaliou que retorno obrigatório às aulas presenciais é fundamental e que escolas estão preparadas

    Amanda Garciada CNN* , Em São Paulo

    O secretário estadual de educação de São Paulo, Rossieli Soares, defendeu que a volta dos alunos às escolas “é fundamental” e fará “uma diferença muito grande.”

    Em entrevista à CNN Rádio, ele avaliou que não voltar significaria completar dois anos “praticamente perdidos”: “Temos um bimestre pela frente, é fundamental o esforço de volta, a perda educacional é monstruosa, é uma tragédia, crianças e adolescentes não estão aprendendo nem metade do que deveriam.”

    Ele ainda citou dificuldades no aspecto emocional. “Há relatos de dificuldade de socialização, depressão, é importante voltar sim, para o jovem se adaptar ao retorno, para que o ano seja completo em 2022, precisa ser prioridade.”

    A partir desta segunda-feira (18), o retorno às aulas presenciais na rede pública e privada no estado de São Paulo será obrigatório.

    Rossieli garantiu que as escolas estão preparadas, apesar de 24% da rede pública não ter condições para receber 100% dos jovens. Ele atribui isso ao distanciamento físico, que não será mais obrigatório a partir de 3 de novembro.

    “Não é problema de preparação, as escolas estão preparadas, fizemos alto investimento, a questão é de espaço físico, quando coloca exigência de 1 metro, não conseguem, quando vamos a 80 cm, já vai para 90 e tantos por cento de capacidade.”

    O secretário também defendeu que “todas as estratégias possíveis para a busca ativa” de alunos que deixaram a escola deverão ser adotadas.

    Ele acredita que os números da evasão escolar só ficarão claros agora, com a retomada total. “Ele será extremamente elevado, só a volta para sabermos, vamos atrás de todos os estudantes, (…) é um esforço geral e a sociedade precisa ajudar, não podemos deixar ninguém para trás.”

    (*Entrevista na TV produzida por Bel Campos e Layane Serrano, da CNN, em São Paulo)

     

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