Secas e altas temperaturas são ‘combinação mortal’ para biomas, diz especialista
À CNN, o diretor do Instituto de Biociências da USP e membro do IPCC, Marcos Buckeridge, disse que eventos extremos, como queimadas, serão mais frequentes
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1 de 9Policiais do Corpo de Bombeiros realizaram, nesta terça-feira (24), no combate do incêndio que já consumiu 80% da área do Parque Juquery em Franco da Rocha na Grande São Paulo, que teve início devido a uma queda de balão no último domingo • ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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2 de 9Após dano em cerca de 85% do Parque Estadual Juquery, o incêndio que durou quase 40 horas foi controlado nesta terça-feira (24) • ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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3 de 9Após controle do incêndio, as equipes atuam no rescaldo das chamas e avaliação dos estragos • ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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4 de 9"Com o incêndio controlado, começamos uma nova fase de trabalho no Parque Estadual Juquery, com o resgate dos animais silvestres que por ali vivem", informou a prefeitura • ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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5 de 9Policiais do Corpo de Bombeiros continuam, nesta terça-feira (24), no combate do incêndio que já consumiu 80% da área do Parque Juquery em Franco da Rocha na Grande São Paulo, que teve início devido a uma queda de balão no último domingo • ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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6 de 9Pela manhã foi realizado sobrevoo para identificar possíveis novos focos pela área. Até o momento, foram encontrados oito animais • ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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7 de 9O fogo se alastrou desde domingo (22) após a queda de um balão. Segundo as autoridades, 85% do parque foi atingido • ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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8 de 9Além do balão, o tempo seco colaborou para que o incêndio se espalhasse pelo parque, que tem cerca de 2 mil hectares de extensão • ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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9 de 9Criado em 1993, o Parque Estadual do Juquery faz parte das áreas naturais protegidas por órgãos ambientais do estado • ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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O diretor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) e membro do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), Marcos Buckeridge, avaliou que os eventos climáticos extremos serão cada vez mais intensos e frequentes daqui para frente.
Uma análise feira pela CNN com base no monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontou que cinco dos seis biomas brasileiros registraram mais queimadas em agosto do que nos outros meses de 2021.
Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (26), Buckeridge disse que o resultado “não surpreende”, já que este é um alerta feito pelo IPCC desde 1997. “As secas fortes aliadas a temperaturas mais altas são uma combinação mortal para certos biomas”, explicou.
Segundo ele, o que acontece com a mudança climática, é que mesmo onde já ocorria essas queimadas – a exemplo do cerrado, que é adaptado para isso –, há “um aumento da frequência de possibilidade de fogo e da área que ele atinge.”
O especialista avalia que o “ser humano é o principal fator das queimadas” e que “não há o que fazer” para reverter a situação uma vez que o fogo já atingiu as áreas.
“O que tem que ser feito é antes da queimada, precisamos melhorar a vigilância, baloeiros, por exemplo, têm que ser coibidos”, afirmou. Ele ainda exemplificou que biomas como o cerrado precisam ser queimados mas, que, para isso, é necessário um manejo controlado.
No último fim de semana, o Parque Estadual do Juquery foi atingido pelas chamas após a queda de um balão. Uma “chuva de fuligem” chegou até a capital paulista. O incêndio, que começou no domingo (22) foi controlado nesta terça (24) e as chamas consumiram cerca de 85% do parque.
*Produzido por Bel Campos
