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    Seca no RS prejudica culturas de soja, milho e arroz, alerta agrometeorologista

    À CNN Rádio, Marco Antônio dos Santos afirmou que fenômeno La Niña provoca a estiagem no Rio Grande do Sul

    Lavoura de milho é uma das mais afetadas pela seca no RS
    Lavoura de milho é uma das mais afetadas pela seca no RS José Schafer – Emater/RS-Ascar

    Amanda Garciada CNN

    A estiagem que causou situação de emergência em 191 cidades do Rio Grande do Sul prejudica as culturas de soja, milho e arroz, segundo o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos.

    Em entrevista à CNN Rádio, ele lembrou que o estado é grande produtor de grãos: “Produtores gaúchos já falam no abandono de 20% das suas áreas, já que não há água para irrigar e cuidar das lavouras.”

    “Vai ser prejuízo não só para produtores, mas brasileiros de forma geral, a maior parte do arroz, por exemplo, vem do Rio Grande do Sul”, completou.

    O especialista explicou que o motivo para seca é o fenômeno La Niña, que é o “resfriamento das águas do Oceano Pacífico” e, quando isso acontece, “há escassez de chuvas sobre o Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina.”

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou o repasse de 430 milhões de reais para medidas emergenciais contra a estiagem.

    Na avaliação do agrometeorologista, o dinheiro é bom, mas o ideal seria crédito para o produtor.

    “Esse produtor precisa de crédito para que possa captar dinheiro nos bancos, para plantar safra, vamos para a plantação do inverno, de trigo e aveia, e vai precisar de recursos, esse dinheiro ajuda, mas é insuficiente”, analisou.

    Ao mesmo tempo, Marco Antônio destacou que este ano tem uma tendência melhor de chuvas, já que não haverá incidência do La Niña.

    *Com produção de Isabel Campos