Seca histórica: navio americano é liberado para fazer dragagem do Rio Amazonas
Embarcação será responsável pela limpeza, desassoreamento, escavação e remoção de sedimentos do fundo de grandes reservatórios de água de pontos críticos do rio
A Receita Federal liberou um navio-draga americano, que atracou em Manaus no último sábado (12), para realizar a dragagem do Rio Amazonas em meio à seca histórica no estado.
O navio Hopper Lindway será responsável pela dragagem –limpeza, desassoreamento, escavação e remoção de sedimentos do fundo de grandes reservatórios de água– de pontos críticos do Rio Amazonas, com o objetivo de melhorar a navegação e garantir o fluxo contínuo de insumos para outras regiões do interior do estado durante o período de seca.
Seca nos rios da Amazônia
De acordo com dados da Defesa Civil do Amazonas, na última quarta-feira (9), o Rio Negro superou a mínima histórica mais uma vez neste mês de outubro, com registro de 12,11 metros, de acordo com dados da Defesa Civil do Amazonas.
No último dia 4, o Rio Negro registrou a marca mais baixa dos últimos 120 anos, que antes atingiu a cota de 12,66 metros, e agora foi superada por um nível de 12.11, número mais baixo da história. O movimento de seca pelo qual atravessa o rio, no Amazonas, muda a paisagem e dificulta a vida da população amazonense que depende do rio.
A pior seca já registrada reduziu o nível de água dos rios da bacia amazônica a uma baixa histórica, em alguns casos secando leitos de rios que antes eram vias navegáveis. O Solimões, um dos principais afluentes do Amazonas, cujas águas se originam nos Andes peruanos, caiu ao seu nível mais baixo já registrado em Tabatinga, cidade brasileira na fronteira com a Colômbia.
Seca extrema
A seca no Brasil entre 2023 e 2024 é a “mais intensa da história recente”, segundo o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden).
Todas as 62 cidades do estado do Amazonas estão em emergência por conta da seca. Comunidades ribeirinhas já são impactadas pelo baixo nível dos rios.
As condições de seca tornaram-se mais perceptíveis e frequentes após a década de 1990, de acordo com as informações do Cemaden.
* Sob supervisão