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    ‘Saúde entrará em colapso se isolamento não aumentar’, diz governador de Alagoas

    O estado já registrou mais de 6 mil casos e 300 mortes pelo vírus

    Em entrevista à CNN, Renan Filho (MDB), governador de Alagoas, avaliou as medidas que o estado têm tomado no combate ao Covid-19, a taxa de ocupação de leitos – que já chegou a 70% – e um possível colapso na saúde do estado. Para o político, o lockdown pode ser aplicado ‘caso não haja controle do número de casos, mas com estudos que comprovem real eficácia. O estado já registra mais de 6 mil casos e 300 mortes pelo vírus. 

    “Nós temos conversado diariamente com a população alagoana sobre essa possibilidade de colapso na saúde, para que compreendam o quanto é fundamental que colaborem com o isolamento social, pois somente ele garante, neste momento, o não sobrecarregamento da rede hospitalar. Nós estamos com a taxa de ocupação de leitos em torno de 70%, chegamos a mil novos leitos neste final de semana, dos quais 204 são leitos de UTI e os demais são de enfermaria.”, afirmou Renan.

     

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    “O grande problema do Norte e em outros estados do país, é que nessas regiões mais pobres a rede privada é menor que a pública. De maneira que, aqui não há mais vagas na rede privada, enquanto a rede pública passa a ser a única porta para atender a população.”, completou.

    Na última semana, o governo prorrogou o decreto emergencial de enfrentamento à pandemia que mantém suspensos funcionamento de atividades comerciais, como lojas, shoppings, bares, restaurantes e serviços não essenciais, aulas das redes pública e privada, hotéis e pousadas.

    O governador disse  ainda que avalia a necessidade de lockdown, mas com ressalvas. “O estado tem estudado todas as possibilidades, nós estamos fazendo o isolamento social. Entretanto, algumas medidas mais duras tomadas por outros estados, não têm demostrado na prática, a elevação do isolamento social, como em São Paulo por exemplo.

    “Por isso é muito importante que a gente faça um debate franco e sincero com a população para que as pessoas colaborem neste momento. Por isso, esses estudos devem garantir que as medidas mais duras elevem o isolamento social, caso contrário, fica apenas na troca de nomes das medidas.” 

    Quanto ao uso de cloroquina, o governo segue a orientação da Sociedade Alagoana de Infectologia, que é contrária à administração da medicação em larga escala, bem como em casos leves da doença. “Nós já estámos utilizando a cloroquina em casos graves e com prescrição médica local e deixando sempre a critério do médico.”, explicou. 

    Renan também avaliou o vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril, divulgado na última sexta-feira (22), após decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo. Na visão dele, “o maior problema daquele encontro é que a pandemia e a saída para essa crise não foram debatidas”.