Saúde calcula estrago de pelo menos 22% das unidades de atendimento à população em Petrópolis
Queiroga sobrevoa cidade. Governo diz que proliferação de doenças provocadas pelos danos das chuvas preocupa
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi a Petrópolis nesta quinta-feira (17) como parte da força-tarefa que o governo federal montou para auxiliar o município, atingido pelas fortes chuvas na terça-feira (15).
Nesta sexta-feira, está prevista a ida do presidente Jair Bolsonaro e de outros ministros, como Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional. De acordo com o Ministério da Saúde, houve dano de 22,7% das estruturas de saúde no município. O último informe da Vigilância em Saúde nacional e local, divulgado nesta quarta-feira, aponta o estrago de 13 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e uma Unidade de Pronto Atendimento.
Cerca de 500 kg de remédios e insumos foram enviados para Petrópolis. Há preocupação com a proliferação de doenças causadas pelo contato com água suja e danos nas redes de esgoto e saneamento básico, como leptospirose e hepatite.
O governo federal se comprometeu com a liberação de recursos. Ao contrário do roteiro que cumpriu em São Paulo, onde também esteve por causa da chuva e não se encontrou com João Doria, Bolsonaro será recebido pelo governador do Rio de Janeiro. À CNN, Claudio Castro, que é aliado político do governo Bolsonaro, afirmou que ainda não foi possível calcular os custos de reconstrução de Petrópolis.
“Nesse momento, é difícil calcular o quanto irá custar a reconstrução da cidade. Não completou nem 48 horas do ocorrido. Agora estamos empenhados no trabalho de limpar a cidade e socorrer as pessoas. Ninguém parou para orçar as coisas. Hoje de manhã, o estado entra para limpar as ruas, limpar o centro histórico, não deixar a lama secar ou vai começar a virar poeira”, explicou Castro à CNN.
O governo do estado enviou 190 máquinas para ajudar o município na liberação de vias e limpeza na cidade. A estimativa é de que as chuvas tenham impactado 26 pontos da cidade, o que aumenta a dificuldade da reconstrução. “Não foi uma única ou algumas áreas. Há carros virados, destroços de obra, árvores, isso tudo dificulta muito mais pensar na retomada da cidade”, pontuou o governador.
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