Sargento da PM morto em confronto com bandido será enterrado hoje em BH
Sepultamento do policial terá honras militares; governo de Minas decretou luto oficial de três dias
O corpo do sargento da Polícia Militar Roger Dias da Cunha, de 29 anos, será velado as 13h desta terça-feira (9) no Cemitério Bosque da Esperança, em Belo Horizonte. O sepultamento está previsto para as 17h.
Segundo a PM, o rito acontecerá com honras militares, já que o sargento morreu em ação e é considerado um herói da corporação.
O governador Romeu Zema (Novo) declarou na segunda-feira (8) luto oficial no estado por três dias.
O sargento Dias completaria 30 anos no próximo dia 27. Ele era casado e deixa, além da mulher, Ana Clara, uma filha de 5 meses. A morte cerebral foi confirmada na noite de domingo (7) depois de ele ter ficado três dias internado.
Relembre o caso
O policial, que estava lotado no 13º Batalhão da PM-MG, foi alvejado na cabeça durante confronto com um criminoso que estava nas ruas após obter o benefício da saída temporária de fim de ano. O caso aconteceu na noite de sexta-feira (5) durante uma abordagem.
O suspeito foi capturado e teve a prisão preventiva decretada. Ele foi levado novamente para o sistema prisional. Segundo a PM ele tem 18 passagens criminais.
Operação Escudo
A PM deu início à Operação Escudo, que tem por objetivo justamente recapturar os foragidos do sistema penitenciário, beneficiados pela saída temporária e com mandado de prisão em aberto. Segundo a corporação, 73 presos não haviam retornado ao presídio.
O governador Romeu Zema se manifestou pelas redes sociais criticando a lei vigente.
“Leis ultrapassadas podem tirar a vida de mais um policial em Minas. Bandidos com histórico de violência são autorizados para “saidinha”, que resulta em insegurança pra todos brasileiros. Passou da hora disso acabar. A mudança tá parada no Congresso. Até quando?”, questionou.
O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se manifestou na manhã desta segunda afirmando que há possibilidade de alteração ou até mesmo extinção da norma que assegura o direito à saída temporária de presos em datas comemorativas.
Segundo o senador, “o crime foi de gravidade acentuada e gerou a todos grande perplexidade e tristeza. Policiais estão morrendo no cumprimento de sua função e isso nos obriga a reagir. Armas estão nas mãos de quem não tem condição de tê-las, e a liberdade para usá-las garantida a quem não devia estar em liberdade”.
