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    São Paulo tenta incluir Butantan na MP da vacina de Oxford

    Medida Provisória destina R$ 2 bilhões para a produção da vacina de Oxford

    Tainá Falcão, da CNN, em São Paulo 

    Na próxima quinta-feira (13), uma equipe do Ministério da Saúde, liderada pelo Secretário Nacional de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, e pelo Secretário de Ciência e Tecnologia, Hélio Angotti, é esperada em São Paulo, para uma visita de cortesia ao Instituto Butantan, responsável pelo desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. 

    A visita teria sido articulada por integrantes do governo de São Paulo e pelo Instituto Butantan. Além da equipe do Ministério da Saúde, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, e o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, devem participar do encontro. 

    O convite para a visita sinaliza a intenção do instituto em conseguir viabilizar a participação do Butantan na Medida Provisória que destina R$ 2 bilhões para a produção da vacina de Oxford. A MP, assinada na semana passada pelo presidente da república Jair Bolsonaro, prevê que a produção da vacina fique a cargo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), órgão vinculado ao Ministério da Saúde em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. 

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    Ontem (10), o coordenador da bancada paulista na Câmara, Vinícius Poit (Novo-SP) protocolou uma emenda junto à Secretaria-Geral da Mesa, que pede a inclusão do Instituto Butantan na Medida Provisória e a divisão do valor destinado a Fiocruz, pouco mais de R$ 997 milhões. 

    A iniciativa partiu da bancada paulista na Câmara a pedido de membros do governo de São Paulo. A emenda ainda precisa ser validada pelo regimento interno da Casa e aceita pelo relator da MP. Outra alternativa, caso a emenda seja rejeitada, seria tentar articular com o governo federal uma MP exclusiva para o Butantan.

    “Caso a verba federal não venha nesse momento, trabalharemos para ampliar a produção em outra oportunidade junto ao próprio governo federal, além de buscar também mais participação da iniciativa privada”, disse Poit. 

    O coordenador da Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19, deputado Doutor Luizinho (PP-RJ), acredita que ainda é preciso entender as reais necessidades do Instituto Butantan antes de solicitar o valor ao governo federal. 

    “Precisa entender qual a necessidade. A Fiocruz apresentou as necessidades dela com todos os valores e a necessidade de ter uma rubrica específica. Precisa entender qual é a demanda do Butantan”, disse. 

    Alexandre Padilha (PT-SP), membro da comissão, acredita que é possível conseguir recursos do governo federal sem precisar dividir o valor da Fiocruz. 

    “Eu defenderei que o governo  federal garanta recursos para todos os projetos de vacina em estágio avançado e com garantia de transferência de tecnologia e acesso pelo SUS”, relatou. 

    A comissão se prepara, agora, para ouvir representantes da Rússia sobre a vacina regulamentada nesta terça-feira. O convite para participar de uma audiência pública será feito ao embaixador da Rússia no Brasil.

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