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    São Paulo gastará R$ 375 milhões por mês para manter funcionários terceirizados

    Projeto aprovado pelos vereadores da cidade permite que governo municipal mantenha repasses para empresas mesmo com a redução dos serviços

    Da CNN, em São Paulo

    O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou que o governo gastará R$ 375 milhões por mês para garantir o emprego de 108 mil trabalhadores terceirizados ou funcionários das concessionárias de ônibus que prestam serviço para o município. 

    Covas anunciou que a medida passa a valer nesta segunda-feira (30) depois de a Câmara dos Vereadores aprovar, na sexta-feira, projeto que autoriza o governo a continuar com os repasses mesmo com a redução dos serviços prestados. De acordo com o prefeito, o PL permite captar recursos de fundos municipais para que sejam aplicados na saúde — no total, são 11 fundos e R$ 1,5 bilhão disponível.

    Covas espera que não seja preciso usar os recursos do fundo, mas se isso for necessário, vai “atacar” primeiro aqueles que não tenham impacto em serviços essenciais, como manutenção de parques.

    “A prefeitura não vê nenhuma dicotomia e escolha a se fazer entre saúde e trabalho”, afirmou o prefeito. “As duas questões precisam ser enfrentadas para que a gente possa preservar o bem principal, que é a vida. As medidas de quarentena, de restrição à atividade econômica, servem para que a gente possa garantir a preservação da vida na cidade de São Paulo.”

    O político afirmou que o projeto foi construído em parceria com o Tribunal De Contas do Município (TCU) e com a Câmara.

    “A partir de hoje, cada secretaria que tem contrato com terceirizados está autorizada para renegociar esse contrato, reduzindo insumos, taxas, tudo que está previsto que não seja pagamento das pessoas, dos terceirizados”, completou o prefeito.

    Áreas mais afetadas pela COVID-19

    Na entrevista coletiva, o governo municipal foi questionado sobre as regiões mais afetadas da cidade pelo COVID-19. O secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido dos Santos, afirmou que no começo da crise as zonas oeste e sudeste foram as mais impactadas pois eram onde moravam os primeiro infectados – em casos importados da Europa.

    “Hoje a preocupação não é mais regional porque temos transmissão comunitária”, disse o secretário. “Isso não tem mais tanta importância no estudo da doença e na curva de transmissão. Hoje estamos mais preocupados com [a capacidade] da rede hospitalar da cidade.

    Na coletiva, Covas também afirmou que o hospital montado no estádio do Pacaembu deve começar a funcionar na próxima quarta (1º de abril) e que na próxima semana serão entregues os primeiros 900 leitos no Anhembi.

    (Com Carolina Abelin)