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    Seis regiões de SP, incluindo a capital, vão à fase verde do plano de reabertura

    Mudança de classificação, que passa a valer no sábado (10), autoriza a reabertura de cinemas, teatros e museus e amplia horário de comércios e serviços

    Murillo Ferrari e Henrique Andrade, da CNN, em São Paulo

    O governo do estado de São Paulo anunciou nesta sexta-feira (9) que seis regiões do estado, incluindo a capital, avançarão para a fase verde (4) do Plano SP, que orienta a flexibilização da quarentena provocada pelo novo coronavírus no estado.

    A CNN adiantou a mudança de fase da capital paulista na quinta-feira (8). A mudança passa a valer a partir deste sábado (10) e vai até 16 de novembro, quando será feita uma nova requalificação.

    “Nesta 14ª reclassificação, Campinas, Piracicaba, Sorocaba, Taubaté, Baixada Santista e a região metropolitana de São Paulo evoluíram da fase amarela e agora entram na fase verde”, disse o governador João Doria (PSDB), em entrevita no Palácio dos Bandeirantes.

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    De acordo com Doria, juntas essas regiões concentram 76% da população do estado. Apenas a região de Barretos regrediu nesta classificação da fase amarela (3) para a fase laranja (2). O restante do estado permanece na fase amarela.

    Outra mudança detalhada por Doria foi a reunificação da região metropolitana nesta requalificação – desde junho a capital e as cidades ao seu redor eram classificadas de forma independente.

    “Devido à regressão dos indicadores da pandemia na região metropolitana, o Centro de Contingência recomendou a reunificação da Grande São Paulo em somente uma divisão regional de saúde.”

    Ao falar sobre esse ponto específico, o coordenador do Centro de Contingência, José Medina, disse que a mudança visa corrigir uma distorção em relação à capital paulista.

    “São Paulo é referência médica da América Latina, concentra maior número de pacientes graves e onde o maior número de pacientes da região metropolitana, do interior e de outros estados procuram atendimento. A mortalidade e a letalidade na cidade são maiores porque concentra os casos mais graves e, assim, sacrifica os indicadores da cidade. Por isso, achamos bastante razoável o restabelecimento do [Departamento Regional de Saúde] DRS 1 como era originalmente”, afirmou.

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    Medina também afirmo que a evolução da pandemia será considerada na comparação entre as médias móveis de novos casos e mortes dos últimos 28 dias e os 28 dias anteriores. Antes, as médias eram comparadas em espaços de sete dias.

    O Plano São Paulo dividiu o estado em 22 regiões e sub-regiões, reunindo grupos de municípios sujeitos às mesmas regras. As fases de restrições e flexibilizações do funcionamento de serviços, comércios e atividades variadas são divididas em  vermelha (1), a mais grave, laranja (2), amarela (3), verde (4) e azul (5).

    Essa é a primeira reclassificação desde 11 de setembro, quando o governo paulista decidiu que as avaliações passariam a ser mensais em vez de quinzenais. Naquela data, todas as regiões do estado entraram na fase amarela do plano.

    O que muda na fase verde?

    Além da reclassificação das regiões do estado, o governo anunciou mudanças nas regras de funcionamento de estabelecimentos comerciais.

    Agora, nas regiões que estão na fase amarela os estabelecimentos comerciais, incluindo comércio de rua, shoppings centers, academias e prestadores de serviço poderão funcionar por 10 horas (antes, eram 8 horas).

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    Nas regiões que estão na fase verde do Plano SP estes mesmo serviços poderão ser prestados por 12 horas diárias.

    Há ainda uma mudança específica para restaurantes e outros estabelecimentos similares, que poderão ficar abertos até 23h desde que cumpridas as determinações de saúde do Plano São Paulo.

    “O serviço aos clientes deverá ser interrompido às 22h, obrigatoriamente. Os clientes poderão permanecer até o limite das 23h e às 23h05 os estabelecimentos deverão estar com as portas fechadas”, disse Doria.

    Atividades culturais

    O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou que a partir deste sábado (10), poderão voltar a funcionar da cidade as atividades do setor cultural, como como teatros, museus, bibliotecas e cinemas, que já têm protocolos assinados.

    “Outras atividades que possam ser liberadas na fase verde, somente daqui duas semanas. A vigilância sanitária do município orientou que a gente aguarde a evolução da pandemia na cidade por conta dessas alterações”, afirmou Covas.

    Regras para atividades culturais na fase verde (4) do Plano SP
    Regras para atividades culturais na fase verde (4) do Plano SP
    Foto: Divulgação/ Governo de SP

    “Para semana que vem, deve sair o decreto com o chamamento para que as pessoas que tenham projetos parecidos com o Ocupa Rua, que deu certo e foi aprovado pela vigilância, possam replicar esse tipo de iniciativa pela cidade e poder ofertar mais vagas de mesas para bares e restaurantes.

    Covas também prometeu que na próxima semana a prefeitura divulgará os resultados de mais uma fase do inquérito sorológico de adultos e crianças na cidade.

    Sobre as atividades culturais no restante do estado, a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, fez uma série de esclarecimentos.

    “28 dias após a classificação na fase verde, atividades culturais, convenções, eventos sociais, de negócios e culturais terão autorização adicional de funcionamento. Como para outros setores, a ocupação máxima será de 60% e o público poderá ficar em pé, desde que com distanciamento verificado por marcações”, afirmou.

    Ela disse também que outras regras, como o uso obrigatório de máscaras de proteção e a compra antecipada com horários pré-agendados, além do controle de acesso, se mantém.

    Ellen também falou sobre as atividades que ainda não receberam autorização para serem retomadas. “Não podemos permitir aglomerações. E aqui, temos alguns exemplos específicos de atividades que geram aglomerações: festas, baladas, torcidas em estádio, grandes shows com público em pé não estão autorizados mesmo na fase verde.”

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