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    São Paulo e Ministério da Saúde divergem sobre falta de doses para o estado

    Governo paulista diz que ministério deixou de entregar 228 mil doses da vacina da Pfizer esta semana

    Tainá Falcão, da CNN, em São Paulo

     

    O Ministério da Saúde informou que não deixou de distribuir doses para o estado de São Paulo, como afirma o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O governador diz que 228 mil doses da vacina contra Covid-19 da Pfizer deixaram de ser entregues nesta terça-feira (3), o que pode atrapalhar o calendário de vacinação de adolescentes. São Paulo diz que aguarda o envio de outras 228 mil doses para solucionar o problema.

    “São Paulo tá sempre reclamando. São Paulo tá sempre reclamando. As doses são distribuídas de acordo com a tripartite. Tá ok?”, afirmou o ministro da Saúde Marcelo Queiroga.

    A quantidade total de 456 mil doses seria o equivalente a 22% de doses previstas para o estado no pacto federativo, que leva em consideração a população de cada estado.

    “Sempre foi definido 22,6%. Eventualmente vai um pouco. Mas sempre respeitando a proporcionalidade”, disse Jean Gorenchteyn, secretário de saúde do estado.

     À reportagem, o secretário-executivo do ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, disse que “não existe um percentual fixo por pauta de distribuição de doses” e que já discutiu o assunto com representantes de São Paulo outras vezes.

    Cruz explicou que as vacinas são distribuídas de forma proporcional ao avanço do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e que a distribuição de doses é calculada de acordo com o “percentual proporcional de representatividade”, ou seja, leva em conta a quantidade de pessoas de grupos prioritários ou faixa etária em cada estado.

    Informação do site do ministério diz que “as vacinas são distribuídas de acordo com as estimativas populacionais dos grupos prioritários definidos pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19 (PNO) e com base no quantitativo de doses disponibilizadas pelos laboratórios que fabricam os imunizantes a cada semana.”.

    “O estado de São Paulo não pode e nem poderia ter sido surpreendido com uma medida tão descabida.”, disse o secretário de saúde, Jean Gorenchteyn.

    A falta de vacinas da Pfizer suficientes pode comprometer o calendário de vacinação para adolescentes, previsto a partir do dia 18 de agosto.

    A reposição teria sido solicitada ao Ministério da Saúde em ofício enviado ao ministério nesta quarta-feira (4). O ministério diz que ainda não teve acesso ao documento.

    Calendário

    O Ministério da Saúde espera finalizar a vacinação de 70% dos adultos com a segunda dose de vacina até o final de setembro. Até final de agosto, a previsão é vacinar todos os adultos com a primeira dose.

    A partir daí, discute-se a vacinação de crianças e adolescentes a partir dos 12 anos.

    Intervalo Pfizer 

    Há também previsão de se reduzir o intervalo de doses da vacina da Pfizer, de três meses para 21 dias. Isso ocorria no dia seguinte após a distribuição de doses suficientes para imunizar todos os adultos, podendo ocorrer neste mês ainda, segundo o Ministério da Saúde.

    João Doria (PSDB), governador de São Paulo
    João Doria (PSDB), governador de São Paulo
    Foto: Reprodução/CNN Brasil (28.jul.2021)

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