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    Sambódromo do Rio se torna patrimônio material e cultural do estado

    Lei aprovada na Alerj foi sancionada pelo governador Cláudio Castro em edição extra do Diário Oficial

    Sambódromo da Marquês de Sapucaí.
    Sambódromo da Marquês de Sapucaí. Acervo Liesa

    Stéfano Sallesda CNN

    no Rio de Janeiro

    A poucas horas para o início dos desfiles da Série Ouro, quando a Em Cima da Hora vai abrir as apresentações na Marquês de Sapucaí, na noite desta quarta-feira (20), a Passarela do Samba Professor Darcy Ribeiro se tornou Patrimônio Material do Estado do Rio de Janeiro. A decisão foi sancionada pelo governador Cláudio Castro (PL) e publicada em edição extra do Diário Oficial do Estado.

    Concebido por Oscar Niemeyer, expoente do modernismo e um dos responsáveis pela concepção arquitetônica de Brasília, ao lado do urbanista Lúcio Costa, o sambódromo do Rio de Janeiro foi inaugurado em 1984 e, desde 2021, é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico Nacional (Iphan).

    A proteção dada ao sambódromo foi proposta pelo deputado estadual Dionísio Lins (Progressistas). Para ele, a justificativa é resguardar o ambiente de preservação cultural, de história do samba, da música e do carnaval, além de promover o equipamento público como destino de visitação turística.

    “O Sambódromo na verdade é um grande estádio construído com o objetivo de sediar não somente o desfile das escolas de samba, mas também as mais diversas manifestações culturais, levando conhecimento e gerando empregos na cidade”, explica o parlamentar.

    A construção do sambódromo tirou os desfiles das ruas do Centro do Rio. As agremiações se apresentavam então em avenidas como Presidente Vargas e Rio Branco O projeto previa que o espaço fosse utilizado o ano inteiro. Embaixo das arquibancadas funcionam salas de aulas de escolas públicas.

    Desde a inauguração, o sambódromo passou por modificações. A mais forte delas ocorreu em 2011: a demolição dos camarotes do antigo setor dois, para abrigar novas arquibancadas. A novidade estava contemplada no projeto original de Niemeyer, que precisou ser modificado por conta da fábrica de uma cervejaria que à época funcionava no local.

    Reconhecido pelas imagens plásticas da folia, como o Cristo Mendigo de Joãozinho Trinta (Beija-Flor de 1989), o Carro do DNA de Paulo Barros (Unidos da Tijuca de 2013) e a Águia Redentora de Alexandre Louzada (Portela de 2015) e pelas emoções despertadas pela manifestação cultural carioca, o sambódromo abriga também grandes eventos que pouco têm a ver com o samba.

    Shows, cultos religiosos e eventos esportivos fazem parte da história da passarela do samba. O equipamento foi sede das disputas de tiro com arco e linha de chegada da maratona durante os Jogos Olímpicos Rio-2016. Durante parte da pandemia de Covid-19, foi também um dos postos de vacinação drive-trhu espalhados pela cidade.

    Desfiles de 2022

    Beija-Flor e Mangueira são as maiores vencedoras da chamada “Era Sambódromo”, com nove títulos cada uma, seguidas pela Imperatriz Leopoldinense, que soma seis títulos. No entanto, no quadro histórico, a Portela lidera o ranking, com 22 títulos, seguida pelos 20 da verde e rosa e 14 da agremiação de Nilópolis.

    A Série Ouro, equivalente à segunda divisão do Carnaval Carioca, começa às 20h, nesta quarta-feira (20), com a apresentação de sete agremiações: Em Cima da Hora, Acadêmicos do Cubango, Unidos da Ponte, Unidos do Porto da Pedra, União da Ilha do Governador, Unidos de Bangu e Acadêmicos do Sossego.

    As apresentações do grupo continuam no dia seguinte, com mais oito agremiações: Lins Imperial, Inocentes de Belford Roxo, Estácio de Sá, Acadêmicos de Santa Cruz, Unidos de Padre Miguel, Acadêmicos de Vigário Geral, Império da Tijuca e Império Serrano.

    O Grupo Especial terá início na sexta-feira (22), a partir de 21h15, com Imperatriz Leopoldinense, Mangueira, Salgueiro, São Clemente, a atual campeã Viradouro, de Niterói, e Beija-Flor. No dia seguinte, será a vez de Paraíso do Tuiuti, Portela, Mocidade Independente de Padre Miguel, Unidos da Tijuca, Grande Rio e Vila Isabel.