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Saiba o que significa a sigla LGBTQIA+ e a importância do termo na inclusão social
Na década de 1990, ganhou força a sigla inicial do movimento, GLS, que englobava gays, lésbicas e simpatizantes e contemplou depois outros grupos ao longo do tempo
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A proximidade para Parara LGBTQIA+, celebrado em São Paulo neste domingo (11), traz reflexões que devem ser pautadas diariamente em nosso cotidiano. Dentre elas, a importância de conhecimento em torno da sigla LGBTQIA+ para a inclusão social e profissional de diversos grupos.
Na década de 1990, ganhou força a sigla inicial do movimento: GLS. Que englobava gays, lésbicas e simpatizantes. Entretanto, com o passar dos anos, o S foi retirado e a sigla evoluiu de acordo com a necessidade urgente de mais representatividade referentes à opção sexual e identidade de gênero.
Com isso, LGBTQIA+ se tornou um acrônimo para lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e queer, com um sinal “+” para reconhecer as orientações sexuais ilimitadas e identidades de gênero usadas pelos membros dessa comunidade.
A sigla ainda é difundida de outras formas, com letras a mais ou a menos, e segundo o especialista em Diversidade, Equidade e Inclusão William Ramos, não há certo ou errado nesta questão.
“Não tem nenhuma entidade que determina qual é certa e qual é errada. No Brasil, a organização Fórum de Direitos em Empresas LGBTI+ convencionou que nas empresas hoje, no Brasil, está se usando o termo LGBTI+. Mas é uma sigla viva, que muda a cada momento”, disse o especialista.
“Não é errado falar LGBTQA, LGBTQIA+, LGBTQIAP+, ela varia mesmo de acordo com o interlocutor e de acordo com a geografia de onde você está”, acrescentou Ramos.
LGBTQIA+ e o significado de cada letra
O Manual de Comunicação LGBTI+, elaborado pela Aliança Nacional LGBTI+ denomina as identificações na sigla da seguinte forma:
- L (lésbicas): Mulheres que sentem atração afetiva/sexual pelo mesmo gênero, ou seja, outras mulheres;
- G (gays): Homens que sentem atração afetiva/sexual pelo mesmo gênero, ou seja, outros homens;
- B (bissexuais): Diz respeito aos homens e mulheres que sentem atração afetivo/sexual pelos gêneros masculino e feminino. Ainda segundo o manifesto, a bissexualidade não tem relação direta com poligamia, promiscuidade, infidelidade ou comportamento sexual inseguro. Esses comportamentos podem ser tidos por quaisquer pessoas, de quaisquer orientações sexuais;
- T (transgênero): Diferentemente das letras anteriores, o T não se refere a uma orientação sexual, mas à identidades de gênero. Também chamadas de “pessoas trans”, elas podem ser transgênero (homem ou mulher), travesti (identidade feminina) ou pessoa não-binária, que se compreende além da divisão “homem e mulher”;
- Q (queer): Pessoas ‘queer’ são aquelas que transitam entre as noções de gênero, como é o caso das drag queens. A teoria queer defende que a orientação sexual e identidade de gênero não são resultados da funcionalidade biológica, mas de uma construção social;
- I (intersexo): A pessoa intersexo está entre o feminino e o masculino. As suas combinações biológicas e desenvolvimento corporal –cromossomos, genitais, hormônios, etc– não se enquadram na norma binária (masculino ou feminino);
- A (assexual): Assexuais não sentem atração sexual por outras pessoas, independentemente do gênero. Existem diferentes níveis de assexualidade e é comum essas pessoas não verem as relações sexuais humanas como prioridade;
- +: O símbolo de “mais” no final da sigla aparece para incluir outras identidades de gênero e orientações sexuais que não se encaixam no padrão cis-heteronormativo, mas que não aparecem em destaque antes do símbolo.
“A partir do momento que damos nome as orientações sexuais e identidades de gênero, damos visibilidade às problemáticas envolvidas com esses grupos e conseguimos pensar em soluções para garantir direitos básicos aos indivíduos pertencentes a esses grupos”, afirma Ramos.
Confira imagens da parada LGBTQIA+ pelo mundo:
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Público participa da parada em Glasgow, na Escócia, em 25 de junho de 2022
Crédito: Jeff J Mitchell/Getty Images - 2 de 9
Vista aérea de pessoas que participam da Parada do Orgulho LGBTQIA+ na Cidade do México
Crédito: Hector Vivas/Getty Images - 3 de 9
Depois de dois anos, membros da comunidade LGBTQIA+ se reuniram no Monumento à Bandeira em Mérida, no México
Crédito: Mariana Gutierrez/Eyepix Group/Future Publishing/Getty Images - 4 de 9
Público manifesta por direitos humanos na parada de Vilnius, capital da Lituânia
Crédito: Alexander Shelegov/Getty Images - 5 de 9
26ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ em São Paulo
Crédito: Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo - 6 de 9
Parada em Kolkata, na Índia, protesta contra o homicídio de pessoas trans
Crédito: Sukhomoy Sen/Eyepix Group/Future Publishing via Getty Images - 7 de 9
Parada celebra a diversidade em Atenas, na Grécia
Crédito: Maria Chourdari/NurPhoto via Getty Images - 8 de 9
Pessoas participam da Parada do Orgulho LGBTQIA+ no centro de Sofia, na Bulgária
Crédito: Georgi Paleykov/NurPhoto via Getty Images - 9 de 9
Participantes marcham com bandeiras do arco-íris, guarda-chuvas e faixas durante a parada em Querétaro, no México
Crédito: Cesar Gomez/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
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