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    Polícia do RJ cumpre 5 mandados em ação envolvendo suspeito de matar Marielle

    Ronnie Lessa também é suspeito de ligação com o assassinato de um casal em junho de 2014, morto com mais de 40 tiros

    Thayana Araújo, da CNN, no Rio de Janeiro

    A Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) realizaram nesta quarta-feira (9) a Operação Déjà Vu, para cumprir cinco mandados de busca e apreensão no RJ e em SP contra suspeitos de um duplo homicídio em 2014.

    Os alvos são personagens conhecidos no território fluminense: o ex-vereador Cristiano Girão e o policial militar reformado Ronnie Lessa, preso suspeito de atentado contra a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, em março de 2018. 

    A ação foi realizada em quatro endereços nos bairros de Recreio, Bangu, Gardênia Azul e Barra da Tijuca, todos na zona oeste da capital fluminense, e dois em São Paulo. Dois dos endereços são de Girão.

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    Polícia Civil cumpre mandados do caso Marielle
    Polícia Civil cumpre mandados na zona oeste do Rio de Janeiro
    Foto: Paula Martini – 30.jun.2020 / CNN

    Duplo homicídio em 2014

    De acordo com fontes da Polícia Civil, os alvos da operação de hoje estão envolvidos no homicídio de um casal, em junho de 2014, com mais de 40 tiros, em Gardênia Azul. Um dos personagens da investigação é Ronnie Lessa, suspeito de ligação com o assassinato do casal.

    As vítimas, identificadas como Juliana Sales de Oliveira e o ex-PM André Henrique da Silva Souza (André Zóio), estavam em um carro quando foram abordadas por pelo menos três homens em outro veículo. Foram efetuados diversos disparos de arma de fogo contra o automóvel do casal.

    Segundo a Divisão de Homicídios, Cristiano Girão teria contratado Lessa para matar Juliana e André, que era miliciano em Gardênia Azul. Os policiais estiveram nesta quarta nos endereços do ex-vereador na Barra da Tijuca e em um município localizado a 40 km da capital paulista. Ele foi localizado na cidade de Guarujá, litoral de SP, e teve o celular apreendido. Não há mandado de prisão contra ele.

    A investigação apontou que o homicídio teria sido motivado por uma disputa territorial entre organizações criminosas de milícia que atuam na região. 

    A Divisão de Homicídios identificou semelhanças entre o assassinato do casal e o da vereadora Marielle Franco, como o carro das vítimas em movimento no momento dos disparos e com muitas rajadas de tiros.

    Em 2009, Girão foi preso acusado de chefiar a milícia que atua na área de Gardênia Azul, após ser um dos mais de 200 indicados na CPI das Milícias, coordenada pelo deputado Marcelo Freixo (PSOL).

    Participaram da operação desta quarta policiais da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil de São Paulo, agentes do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), da corregedoria da Secretaria de Estado de Polícia Militar e da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP).

    (Com informações de Maria Mazzei e Luiza Muttoni, da CNN, no Rio de Janeiro)