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    RJ: Niterói e São Gonçalo enfrentam falta de luz dois dias após tempestade

    Moradores protestaram nesta segunda-feira (20) cobrando Enel por restabelecimento de energia

    Carolina Figueiredoda CNN

    Moradores das cidades de Niterói e de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, ainda enfrentam falta de luz na manhã desta terça-feira (21), dois dias depois de uma tempestade afetar a rede da concessionária da Enel na região. Moradores fizeram protestos nas duas cidades cobrando que a energia seja restabelecida.

    Segundo a prefeitura de São Gonçalo, várias solicitações de falta de energia foram recebidas hoje, e a Enel não atualizou o número de pessoas ainda sem luz na cidade. Em Niterói, o prefeito, Axel Grael (PDT), se reuniu com a diretoria da Enel para cobrar providências, e representantes da empresa pediram mais 48 horas para atender 100% das cerca de 31 mil unidades que ainda estão sem energia.

    Segundo a administração, o prefeito não aceitou o prazo e cobrou que o serviço seja retomado imediatamente.

    Ao longo da segunda-feira (20), moradores realizaram protestos pela volta da energia. Os manifestantes bloquearam trechos da BR 101, que passa pelas duas cidades, durante vários momentos do dia.

    Protestos também foram registrados em vários pontos das duas cidades. A Polícia Rodoviária Federal não registrou ocorrências durante os protestos.

    Ainda nesta segunda, a Justiça já tinha determinado que a Enel restabelecesse o fornecimento de energia em Niterói em até 6 horas, sob multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento. O prazo já expirou.

    O Ministério Público do estado do Rio também instaurou um procedimento administrativo para apurar as falhas da concessionária em Niterói. O procedimento busca saber os motivos da demora nos reparos na rede elétrica que deixou diversos bairros sem luz. Segundo a prefeitura, a cidade registrou um recorde na velocidade dos ventos em sua história, chegando a 137 quilômetros por hora.

    A Prefeitura de São Gonçalo ingressou com uma ação civil pública contra a Enel. A Procuradoria Geral apresentou pedido de tutela de urgência em caráter liminar para obrigar a concessionária a restabelecer totalmente a energia no prazo máximo de 24 horas, sob pena de multa diária no valor de R$ 1 milhão. O prazo dessa ação também já expirou.

    Na manhã desta terça, a Enel informou que 97% dos clientes já tinham sido atendidos, mas não detalhou as áreas e o número de imóveis que ainda estão no escuro.

    Em nota à CNN, a concessionária disse que, em Niterói e São Gonçalo — cidades mais atingidas neste momento — houve um reforço de equipes entre ontem (20) e hoje (21) para acelerar o atendimento das ocorrências remanescentes.

    “A Enel esclarece que os atendimentos em curso no dia de hoje são localizados e muitas vezes complexos, porque demandam a reconstrução da rede, exigindo horas de serviço em cada local. Como as emergências em atendimento nesta manhã estão espalhadas em diferentes pontos específicos, o restabelecimento do serviço ocorre de forma gradativa, apesar de todo o adicional de técnicos atuando nas ruas”, completa a nota.

    Sobre as ações judiciais, a Enel informou que ainda não foi notificada.

    “A distribuidora está à disposição das autoridades para compartilhar as informações sobre a operação da companhia, incluindo todas as medidas emergenciais tomadas para o enfrentamento às fortes chuvas do último sábado (18/11). A empresa reforça que mantém uma relação de transparência com seus clientes e com todos os seus públicos e está fortemente comprometida em oferecer um serviço cada vez melhor à população.”

     

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