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    RJ está ‘falido’ do ponto de vista político e econômico, avalia professor

    Será julgado nesta sexta-feira (30) o processo de impeachment do governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel

    Produzido por Ana Lícia Soares e Isabelle Resende, da CNN Rio de Janeiro

    Em entrevista à CNN nesta sexta-feira (30), o cientista político e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e da ESPM-RJ, Fábio Vasconcellos, afirmou que o estado está “falido” do ponto de vista econômico e político. 

    Será julgado hoje o processo de impeachment do governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. A denúncia pelo afastamento é de autoria dos deputados estaduais Luiz Paulo (Cidadania) e Lucinha (PSDB). Os parlamentares também pedem que Witzel seja condenado por crime de responsabilidade e perca os direitos políticos por cinco anos.

    “Confirmando o afastamento de Witzel, permanece o atual governador [Cláudio Castro]. Ele vai tentar, e já está tentando implementar políticas como a concessão da Cedae, um ativo importante do estado que está dentro da conjuntura de reorganização das contas. O estado do Rio de Janeiro podemos considerar falido do ponto de vista econômico, e político enfrenta uma série de crises”, avalia.

    Se o tribunal decidir pela condenação, o governador em exercício, Cláudio Castro, será efetivado no cargo até o final do mandato. Caso Witzel seja absolvido, não será reconduzido de imediato para a chefia do executivo estadual. Ele continuará afastado por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em ação independente do processo de impeachment.

    Eleição de Witzel

    Vasconcellos também falou sobre o cenário em que Wilson Witzel foi eleito governador do Rio de Janeiro, em 2018. “Esta eleição deve ser considerada dentro de uma certa conjuntura do país, inclusive que afetava o estado do Rio que talvez enfrentava a maior crise em razão das investigações que levaram a investigação e prisão de governador (Sérgio Cabral). Tínhamos uma conjuntura política que permitia a possibilidade da eleição de um outsider, e o Witzel foi eleito na condição de outsider”, explicou.

    “Witzel foi eleito com um discurso de lei e ordem e contra a corrupção, que era a agenda dominante do país naquele momento. Isso permitiu que ele tivesse uma votação expressiva e inesperada dentro do estado do Rio”.

    O professor também lembrou da relação próxima de Witzel com a família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Os filhos do presidente participaram da eleição e campanha dele, e nós estávamos vivendo a onda bolsonarista que atingiu o país de forma geral”, disse. “Witzel entra para o governo do estado nesse cenário atípico. Não se espera que esse seja um cenário que se repita nas eleições futuras.”

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