RJ é a cidade que mais estima convivência com diversidade, aponta pesquisa
Estudo realizado nas dez maiores metrópoles da América Latina mostrou que os cariocas são os que mais prezam por um bairro com diferentes religiões, gerações, grupos raciais e visões políticas na hora de buscar um novo lar.
Mudar para um novo país, estado, cidade ou bairro requer muita pesquisa em diferentes fatores, inclusive sobre a pluralidade dos moradores que ali residem. Um estudo realizado entre os meses de maio e junho deste ano, pelo Loft Dados, mostra que, das dez maiores metrópoles da América Latina, 25% dos moradores da cidade do Rio de Janeiro acreditam que é importante ter a convivência no bairro com pessoas de diferentes gerações. O mesmo percentual é observado sobre a convivência com vizinhos de outras visões políticas e sociais.
Os cariocas aparecem no topo dos percentuais de quatro das cinco questões abordadas no estudo. Para o gerente de dados e conteúdos da Loft, Fábio Takahashi, as informações indicam uma inspiração para outros lugares do Brasil. “Os resultados trazem um alento para as cidades brasileiras, e o Rio em especial, num momento em que muito se fala na falta de diálogo e convivência com o diferente. Os brasileiros estão mais abertos à diversidade do que os países da região”, destaca.
Ao todo 4,5 mil pessoas com 18 anos ou mais foram ouvidas. Os dados representam as populações de Buenos Aires (Argentina); Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo (Brasil); Santiago (Chile); Bogotá (Colômbia); Cidade do México e Guadalajara (México); Lima (Peru); e Caracas (Venezuela).
Os cariocas só não lideraram quando o assunto é a importância de ter pessoas de diferentes regiões do país em seus bairros. Nessa questão, Caracas, na Venezuela, teve o maior percentual apontando essa convivência como ‘muito importante’.
No Brasil, a segunda cidade com o maior número de habitantes é o Rio de Janeiro, são 6,6 milhões no total, de acordo com os dados preliminares do Censo de 2022, feito pelo IBGE. “Se somarmos os que responderam que a diversidade é ‘importante’ aos que declararam como ‘muito importante’, passamos dos 50% dos cariocas que valorizam a convivência com pessoas de outros perfis. É algo muito significativo”, conclui Fábio.