RJ: 30% dos lugares em praias serão reservados via celular, diz superintendente
O representante ainda que método tem como público-alvo "pessoas que não podem chegar muito cedo ou são portadores deficiência ou alguma limitação'
O superintendente de Educação e Projetos da Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro, Flávio Graça, falou à CNN, nesta terça-feira (11), sobre a proposta de reservar “quadrados” na areia das praias do Rio de Janeiro a fim de evitar aglomerações.
Segundo ele, “todo o regramento está acabando de ser construído”. Ele adianta que um percentual entre 20% a 30% será destinado para reservas feitas por aplicativo. “Está sendo definido ainda esse valor”, informou Graça.
O representante disse que o método tem como público-alvo “pessoas que não podem chegar muito cedo ou são portadores deficiência ou alguma limitação”. “Para, com muita calma, saber a hora que pode chegar e sair”, completou.
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O restante do espaço público será disponibilizado conforme a ordem de chegada. “Como hoje acontece com qualquer espaço público”, justificou.
“Temos que pensar que estamos no novo padrão de normalidade. Estamos passando por um momento de muitas modificações e grande necessidade de adaptação de toda a população aos novos protocolos e novas regras”, disse.
Graça classificou a proposta como “um projeto piloto de inovação”. “Ele permite que as pessoas possam permanecer na praia tomando banho de sol mediante a utilização de quadrado que vão delimitar o espaço das pessoas. É um novo modelo”, completou.
O plano, segundo a prefeitura, é ter equipes que farão a instalação e desmontagem de toda a estrutura dos “quadrados”, diariamente, além do controle com o apoio da Guarda Municipal.
À CNN, o virologista Raphael Rangel, do Instituto Brasileiro de Medicina e Reabilitação (IBMR), afirmou que reabrir as praias, mesmo com lugar marcado, deveria ser uma medida somente se fosse possível “testar a população em massa, o que não está sendo feito”.
“Existe o mundo ideal e o mundo real. Parece que os governantes vivem num mundo utópico”, afirmou ele à CNN nesta terça-feira (11). “Se você não consegue monitorar a sua população, como já libera praias? O aplicativo vem para tentar solucionar uma ideia errônea de liberar praias nesse momento”, criticou.
(Edição: Sinara Peixoto)