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    Rio tem 6 das 33 regiões administrativas com risco elevado para Covid-19

    Apesar de melhora nos indicadores, município não vai mudar classificações e manterá toda a cidade em "alto risco"

    Cléber Rodrigues e Stéfano Salles, da CNN no Rio

     

    Apenas seis das 33 Regiões Administrativas do Rio de Janeiro apresentam alto risco para Covid-19. A informação foi apresentada nesta sexta-feira pela prefeitura, durante o encontro semanal para a divulgação do Boletim Epidemiológico do Comitê de Operações e Emergência (COE-Covid-19), na Cidade Nova. O número representa uma melhora de cenário nos status de 27 áreas da cidade em relação aos boletins das quatro semanas anteriores, nas quais todas as divisões oficiais do município apresentavam a classificação de maior risco.

    No entanto, a prefeitura não vai mudar as classificações. Vai manter toda a cidade em risco alto, de modo preventivo. Isto, porque essa faixa permite maior número de restrições. As regiões detectadas com alto risco estão concentradas na Zona Sul, casos de Copacabana, Lagoa e Rocinha. Essa também é a situação de Tijuca e Vila Isabel, na Zona Norte, e da Barra da Tijuca, na Zona Oeste. As demais Regiões Administrativas apresentam a classificação “Risco Moderado”, a de ameaça mais baixa. 

     

    Presente ao encontro, o prefeito Eduardo Paes (DEM), apontou uma correlação entre as classificações de risco e o perfil socioeconômico das regiões, e criticou o comportamento de uma parcela da população.

    “A realidade hoje é que a maioria da cidade está em risco moderado. Reparem as áreas que estão em risco alto: são as áreas mais ricas da cidade. As áreas supostamente mais carentes, como Zona Oeste, onde as pessoas pegam ônibus lotado, andam de BRT, o risco é moderado. Esse quadro é uma demonstração de que há setores de nossa cidade agindo com enorme irresponsabilidade. Não dá para ser tão irresponsável assim. A área de quem tem carro para se deslocar, mais condições de enfrentar a pandemia, é justamente onde o risco está mais elevado”, afirmou Paes. 

    A Vigilância Epidemiológica do Município destacou que houve quatro casos confirmados da nova variante amazonense do coronavírus na cidade. Uma de um morador de Manaus que estava na cidade, que morreu. Ele tinha comorbidades: era obeso e tinha hipertensão. As outras eram de cariocas. Um é morador da Freguesia, na Zona Oeste, e outros de Laranjeiras e Copacabana, na Zona Sul. Todos tiveram apenas síndrome gripal, um quadro leve.  A pasta prometeu ainda intensificar as ações de rastreamento de contatos e de testagem. 

     

    A classificação da prefeitura tem três faixas de classificação: moderado, alto e muito alto. Desde a primeira semana em que o boletim foi divulgado, nenhuma área da cidade foi identificada como de risco muito alto pelo município. 

    Paes demonstrou otimismo com relação à imunização. Disse que participa ainda nesta sexta-feira de uma videoconferência com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e que acredita que seja possível imunizar todas as pessoas acima de 60 anos até o fim de março. 

    “Não  é quarentena, lockdown, isolamento. A cidade pode funcionar. Shoppings abertos, comércio, escolas abrindo, não há nenhuma medida assim, não queremos trancar ninguém. Mas não fiquem aglomerando na Dias Ferreira (no Leblon), escolham outros lugares para ir. Aproveitem para ir conhecer outros lugares da cidade”, recomendou o prefeito.

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