Rio flexibiliza medidas e libera bar, restaurante e o comércio; veja o que muda
Setores de serviços e o comércio também poderão voltar a receber clientes, mas com escala no expediente
A prefeitura do Rio de Janeiro decidiu flexibilizar algumas medidas de restrição contra o coronavírus. A partir desta sexta-feira (9), bares, lanchonetes, restaurantes e quiosques da orla poderão voltar a receber clientes presencialmente. O consumo será permitido nos estabelecimentos para pessoas sentadas às mesas e até as 21h.
Os setores de serviços e o comércio também poderão voltar a receber clientes, mas com escala no expediente. Os horários de funcionamento foram ajustados para tentar diminuir a quantidade de pessoas nos transportes coletivos. Prestação de serviços estão liberadas entre 12h e 21h, comércio entre 10h e 18h e órgãos não essenciais da administração pública entre 8h e 17h.
Além disso, museus, galerias, cinemas, circos, aquários e zoológicos terão visita permitida entre 12h e 21h. Clubes sociais e esportivos funcionam até 21h.
“Meus parabéns aos cariocas, àqueles que se dignaram a respeitar às regras, que puderam respeitar. Esse aqui é o resultado daqueles que respeitaram, é uma resposta àqueles que acham que as restrições não servem para nada. Toda vez que reduz circulação, presença das pessoas, festinha, o resultado é esse aí. As restrições permanecem, mas as notícias são boas”, avaliou o prefeito Eduardo Paes.
Algumas medidas de restrição de nível muito alto continuam em vigor, no entanto, como a proibição da permanência de banhistas e o comércio ambulante nas areias das praias pelo menos até 19 de abril, assim como o estacionamento na orla e a permanência nas ruas da cidade entre 23h e 5h. Eventos, boates, feiras especiais e a permanência em parques e cachoeiras também estão proibidos. “Ainda não é momento de achar que está tudo bem, porque não está”, disse Paes.
Durante a coletiva de divulgação do boletim epidemiológico, a prefeitura informou que essa semana apenas um novo caso de variante foi identificado entre moradores da cidade. A capital tem 193 casos de novas cepas na cidade, sendo 152 de moradores.
Ocupação de leitos de UTI
Depois de duas semanas de medidas restritivas e dez dias de recesso sanitário, a capital fluminense segue com altas taxas de ocupação de UTI e com 115 pacientes aguardando por um leito. No entanto, o número de atendimentos nas redes de urgência e emergência de pessoas com sintomas de síndrome gripal caiu em torno de 15%, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
“Entre contrair a doença e ir a óbito tem um prazo ali de 20 dias. Nós decidimos que não iríamos esperar as pessoas internarem, morrerem, para tomar medidas. Decidimos então nos antecipar. Tinha muita incompreensão. A boa notícia desse momento é que respeitando o período epidemiológico indicado por especialistas, conseguimos reduzir o número de pessoas que está procurando a rede básica de saúde da prefeitura, UPAS, se confirmou essa semana. Uma curva que nos dá mais otimismo, as medidas mais restritivas funcionaram”, disse Paes.