Rio: contrariando prefeitura, organizadores divulgam festas durante o Carnaval
Ingressos para as festas no período do Carnaval no Rio estão sendo vendidos em sites de compra de ingressos
Mesmo com a proibição da prefeitura do Rio, eventos como baile de carnaval, festas com bebida liberada (open bar) e apresentação de ritmistas de escola de samba, com a presença de público, estão sendo divulgadas na internet.
Os ingressos para as festas no período do Carnaval estão sendo vendidos em sites de compra de ingressos. Os preços variam entre R$ 20 e R$200. Na semana passada, durante entrevista coletiva o prefeito do Rio, Eduardo Paes, recomendou que as pessoas não comprem ingressos para não perder dinheiro. Ele garantiu que não vai permitir que as festas sejam realizadas.
A prefeitura do Rio de Janeiro disse que está monitorando a venda de ingressos on line para coibir possíveis festas e bailes clandestinos marcados para os dias de Carnaval. Além do monitoramento em sites, a prefeitura também apura, via redes sociais, a possibilidade de aglomerações e saídas espontâneas de blocos de rua. O desrespeito às regras por ser enquadrado como crime contra a saúde pública.
Alguns organizadores, chegam a dizer que estão cumprindo a legislação imposta pela prefeitura do Rio de Janeiro, com 2/3 da capacidade, mesas e cadeiras com 2m de distância, uso efetivo de máscara e aparelhos para sanitização. Há eventos organizados para acontecer na Lapa, região boêmia do Rio, Zonal Sul, como Praia do Arpoador e na Zona Oeste.
Na semana passada, a Prefeitura do Rio publicou um decreto estabelecendo uma série de medidas para o uso de áreas públicas e para as atividades econômicas da cidade durante a semana do carnaval, levando em conta as medidas relacionadas ao combate à Covid-19.
De acordo com o artigo 2º do decreto nº 48.500, estão proibidos a concentração e o desfile de escolas de samba e blocos de rua; a concessão de autorização para comércio ambulante temporário e de licenciamento transitório para eventos de blocos carnavalescos; e a entrada na cidade de ônibus e demais veículos fretados, exceto aqueles que prestem serviços regulares para funcionários de empresas ou para hotéis, cujos passageiros comprovem reserva de hospedagem.
Estas normas passam a valer entre a zero hora da próxima sexta-feira, dia 12 de fevereiro (sexta-feira) e só termina às 6h do dia 22 (segunda-feira). A fiscalização ficará a cargo das secretarias municipais de Ordem Pública e de Transportes, da Guarda Municipal, da CET-Rio e do Instituto Municipal de Vigilância Sanitária (Ivisa).
Quem descumprir as regras poderá ter mercadorias, bens móveis e instrumentos musicais apreendidos, ser multado e até ter o estabelecimento interditado. Há também a possibilidade de apreensão ou reboque de veículos e as escolas de samba e blocos que desrespeitarem o decreto podem ser proibidos de desfilar em 2022.
Quanto ao esquema de fiscalização de eventos privados a Secretaria de Ordem Pública não deu detalhes de como isso será feito.