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    Rio: capital suspende vacinação de adolescentes por idade devido à falta de doses

    Pessoas com deficiência acima dos 12 anos serão vacinadas na segunda-feira (23). A repescagem acima dos 25 anos e para gestantes, puérperas e lactantes continua

    Isabelle Salemeda CNN , Rio de Janeiro

    A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro precisou suspender o calendário por idades de vacinação contra a Covid-19 para adolescentes. O motivo, mais uma vez, é a falta de imunizantes. Na noite de sábado (21), o estado recebeu pouco mais de 330 mil doses.

    O Ministério da Saúde enviou 12.500 vacinas Oxford/Astrazeneca para completar o calendário vacinal de quem foi vacinado com esse imunizante. Além de outras 151 mil doses da Coronavac e 167.310 da Pfizer para 1ª e 2ª aplicações.

    Para a capital, foram destinadas 115.996 doses dos três fabricantes. No entanto, o número é insuficiente para dar início ao calendário de vacinação de adolescentes, segundo a secretaria. A previsão da prefeitura era começar a aplicação em quem tem 17 anos nesta segunda-feira (23).

    Não há uma data prevista para a retomada desse planejamento. Apesar de existir uma previsão de chegada de mais doses na segunda, segundo a secretaria.

    “Infelizmente não recebemos o aporte de doses esperado, sendo assim faremos nesta segunda somente a vacinação dos adolescentes com deficiência”, disse o secretário Daniel Soranz à CNN.

    Com as doses que chegaram, a prefeitura vai vacinar pessoas com deficiência que têm acima de 12 anos. Também será possível seguir com a repescagem acima dos 25 anos e para gestantes, puérperas e lactantes. A preferência é que esse público vá aos postos pela manhã.

    A possibilidade de ter que mudar novamente o calendário já era prevista pelo secretário, que vem reiterando a necessidade de o Ministério da Saúde não demorar mais de 48 horas para distribuir os imunizantes que tem em estoque. Segundo Soranz, são cerca de 8 milhões de doses.

    Neste sábado, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, confirmou que a Procuradoria Geral do Município reúne documentos para ajuizar uma ação no Supremo Tribunal Federal a fim de obter o número adequado de vacinas contra a Covid-19. Segundo a Secretaria de Saúde as doses enviadas não são proporcionais a população carioca.

    Soranz confirmou que existe a promessa de o Ministério da Saúde aumentar em 5% a quantidade de vacinas enviadas ao Rio, que se tornou epicentro da variante Delta no país, com quase dos casos da cepa de origem na Índia confirmados no Brasil.

    *Com colaboração de Adriana Freitas e Isabelle Resende.

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