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    Reservas de hotéis no Rio de Janeiro para Réveillon superam números pré-pandemia

    Presidente de Sindicato do setor acredita que ocupação hoteleira deve chegar a 100% para a data

    Elis Barretoda CNN* , Rio de Janeiro

    Um levantamento do Sindicato dos Meios de Hospedagem do Município do Rio de Janeiro (HotéisRIO) aponta que a rede hoteleira da cidade já está com 78% de reservas confirmadas para o Réveillon.

    Esse número já supera os 74% de ocupação que o setor tinha em meados de dezembro de 2019, e os 58% registrados no mesmo período do ano passado para a mesma data.

    De acordo com o presidente da HoteisRIO, Alfredo Lopes, os principais motivos para esse aquecimento do setor de turismo doméstico é a alta do dólar, a pouca disponibilidade de voos internacionais e a insegurança com o aumento de casos de covid-19 na Europa.

    “Vamos chegar a 100% na maioria dos hotéis, os números apontam para isso. Estamos mais do que preparados em termos de protocolos para operar com ocupação completa com toda a segurança para nossos hóspedes, agora com calendário vacinal completo e reforçado. O avanço da vacinação na cidade do Rio de Janeiro também contribui”, afirma Alfredo Lopes.

    Na rede hoteleira da capital, o bairro da Barra da Tijuca lidera a procura, com 86% dos quartos já vendidos para a data. A queima de fogos deste ano no bairro já está confirmada, e já em fase final organização, garante Alfredo Lopes.

    Os bairros da zona sul de Flamengo e Botafogo ocupam o segundo lugar no ranking dos mais procurados (82%), seguido por Copacabana/Leme (75%) e Ipanema/Leblon e Centro (73%).

    O perfil dos turistas deste ano também reflete o fortalecimento do mercado interno de turismo. Segundo Lopes, a maioria das reservas para o Réveillon é de moradores do estado de São Paulo, interior e capital, seguido de Minas Gerais, Espírito Santo e Goiânia. A maior parte do público é formada por famílias.

    Locação de imóveis por temporada

    De acordo com o Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Rio de Janeiro (Creci-RJ), a ocupação de imóveis de temporada para o Réveillon, na capital fluminense, atingiu a marca de 60% até o momento. Este índice já é 40% maior do que no ano passado para a mesma data.

    Apesar do aumento, o número continua menor que o período pré-pandemia. Antes de 2020, nesta época do ano, a ocupação seria de 80% desses imóveis. Entretanto, o setor está otimista e aposta que até o Réveillon 90% dessas casas e apartamentos sejam alugados.

    Segundo o levantamento, a ampla maioria dos hóspedes à procura de imóveis por temporada são famílias brasileiras, mais especificamente do Sudeste, Sul e Nordeste.

    A pandemia estimulou o turismo doméstico e essa tendência permanece para a virada do ano, com cerca de 80% de turistas brasileiros e 20% de estrangeiros. As pessoas ainda estão receosas de fazer grandes deslocamentos por conta da pandemia, segundo o conselho.

    A Zona Sul continua como a região mais procurada por quem deseja passar a virada do ano na capital. Copacabana, Ipanema e Leblon lideram o ranking. Ainda segundo o CRECI, o preço médio na cidade está 20% mais elevado.

    Os valores em Copacabana variam entre R$ 380 e R$550, para conjugados e apartamentos de quarto e sala. Já para apartamentos de dois e três quartos, os valores de diárias começam em R$ 600 e ultrapassam os R$ 850.

    Nos bairros de Ipanema e Leblon, para conjugados e imóveis de um quarto, os valores começam em R$400 e vão até R$600. Para apartamentos a partir de dois quartos, os preços iniciam em R$680, e não há um valor máximo.

    Para o CRECI, entretanto, é importante destacar o protagonismo e crescimento da Barra da Tijuca no segmento após a realização dos grandes eventos na cidade, como o Rock in Rio e competições esportivas. O bairro entrou de vez no radar dos turistas que buscam passar alguns dias na capital. Os preços variam R$350 a R$900.

    *sob supervisão de Helena Vieira

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