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    Repatriados de Gaza se mudam provisoriamente para hotel em São Paulo

    Hospedagem está sendo providenciada pela Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) e pela ONG Refúgio Brasil

    Duda Cambraiada CNN

    Duas famílias e um homem repatriados da Faixa da Gaza deixaram, na noite desta quarta-feira (15), o abrigo providenciado pelo governo federal no interior de São Paulo, que inicialmente recebeu 22 brasileiros e palestinos, totalizando sete famílias. Essas nove pessoas estão abrigadas em um hotel na zona sul da capital paulista, na região do Cambuci.

    A hospedagem providenciada pela Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) e pela ONG Refúgio Brasil, segundo apurou a CNN.

    Em entrevista à CNN, o presidente da Fepal, Ualid Rabah, confirmou que as nove pessoas já estão no hotel. “Estar em São Paulo é mais favorável às famílias por muitas razões, que vão dos cuidados com saúde ao trabalho, este que é essencial à estabilização de suas vidas no Brasil”, afirmou Rabah.

    O presidente da Fepal destaca que tanto o hotel quanto o abrigo são situações provisórias, até que as famílias consigam se estabilizar em residências. “Todos eles têm a nítida ideia que deve-se resolver a situação o mais breve possível”, disse.

    Ualid Rabah ainda explica que essas famílias ficarão nas hospedagens provisórias por tempo indeterminado, “depende da reorganização da vida de cada um”. A federação pretende entender as necessidades dos repatriados e apoiá-los na frente política e social.

    “Nós abrimos uma conta humanitária com destinos específicos para os repatriados. Essa conta tem um Pix, por onde as pessoas podem doar. Ainda é necessário mais arrecadação, porque há possibilidade de ter mais repatriamentos e possivelmente pessoas com parentesco com os brasileiros, que devem ganhar visto humanitário para refúgio. Com isso, o número de pessoas que a gente auxilia deve aumentar”.

    A federação ajudará os repatriados a conseguirem uma colocação no mercado de trabalho brasileiro. De acordo com o presidente da Fepal, o sucesso da adaptação no Brasil vem com o trabalho: “Estamos nos organizando para ajudar na empregabilidade, além do apoio com questões de saúde, educação e processos burocráticos de documentação”.

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