Relembre o caso das “Canibais de Garanhuns”, presas na mesma cadeia que Deolane
O crime que chocou o Brasil em 2012; acusadas cumprem pena por esquartejar e usar partes dos corpos das vítimas no preparo de empadas e coxinhas
A prisão da influenciadora e advogada Deolane Bezerra na Colônia Penal Feminina de Buíque, no interior de Pernambuco, relembrou o caso dos “Canibais de Garanhuns”, descoberto em 2012. Duas mulheres envolvidas no crime cumprem pena no mesmo local em que Deolane está presa.
Isabel Cristina Torreão Pires, Bruna Cristina Oliveira Da Silva e Jorge Beltrão Negromonte da Silveira ficaram conhecidos no país todo por esquartejar e usar partes dos corpos das vítimas no preparo de empadas e coxinhas.
Segundo a Secretaria Executiva de Ressocialização, o trio permanece cumprindo penas em regime fechado. Isabel e Bruna estão custodiadas na Colônia Penal Feminina de Buíque, enquanto Jorge Beltrão está preso na Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá.
Em novembro de 2014, após mais de vinte horas de julgamento, o trio foi condenado pela morte, esquartejamento, ocultação de cadáver e a prática de canibalismo contra a adolescente Jéssica Camila, de 17 anos. Os envolvidos no crime foram condenados a mais de 20 anos de prisão.
Em 2018, os réus, que ficaram conhecidos como os “Canibais de Garanhuns”, foram julgados pelos assassinatos de Alexandra Falcão da Silva e Gisele Helena da Silva. Em júri popular, Jorge Beltrão e Bruna Cristina receberam sentenças de 71 anos de reclusão, já Isabel foi condenada a 68 anos.
Segundo o Promotor de Justiça do caso, André Rabelo, os crimes foram descobertos em 2012. Um dos focos do Ministério Público de Pernambuco foi descartar qualquer alegação de que os réus possuíam algum tipo de transtorno de ordem mental.
Além de venderem e consumirem a carne das vítimas, os três faziam parte de uma seita chamada Cartel, que defendia a purificação do mundo e a redução da população.
Superlotação
Após ter a prisão domiciliar revogada, a influenciadora e advogada Deolane Bezerra foi encaminhada à Colônia Penal Feminina de Buíque, no Agreste de Pernambuco, a 280 km do Recife.
Além da empresária, o presídio abriga 264 detentas – no entanto, a unidade prisional só teria capacidade para 107 mulheres e está superlotada, de acordo com o Sindicato dos Policiais Penais de Pernambuco.
Apesar da superlotação, à CNN, a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco (SEAP/PE) explicou que Deolane está em uma cela privada.