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    Relatório não indica erro humano ou falha mecânica em acidente que matou Marília Mendonça, diz advogado da família

    Segundo Robson Cunha, movimentos feitos fora do plano de voo não foram equivocados; laudo também irá sugerir sinalização da rede de transmissão de energia onde o avião bateu

    Marina DemoriTiago Tortellada CNN , em São Paulo

    O advogado da família de Marília Mendonça, Robson Cunha, afirmou que o relatório feito pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) não indica erro humano ou falha mecânica no acidente que matou a cantora.

    “De modo geral, o Cenipa entende que não houve, por parte das decisões do piloto, nenhum erro. Todas as decisões que foram tomadas pelo piloto na ocasião, ainda que fora de um plano de voo, elas não são equivocadas ou erradas”, disse Cunha.

    Entretanto, o advogado ressaltou que será recomendado pelo órgão que sejam colocados identificadores no cabo de alta tensão em que o avião que transportava a cantora bateu. Segundo a polícia, as torres atingidas não estão no perímetro de segurança do aeródromo, não sendo obrigatória a sinalização visual.

    Ainda de acordo com Cunha, a apuração do Cenipa também não aponta falha mecânica nem pane seca na aeronave.

    “O obstáculo, hoje, se mostra como preponderante para o acidente. A gente tem que entender se o obstáculo deveria ou não ter sido identificado”, complementou, adicionando que cabe à perícia da Polícia Civil investigar e apontar se os cabos tinham ou não a obrigatoriedade de estarem sinalizados.

    “A gente tem um fator externo preponderante para o acidente. Se eles [cabos] estão numa área passível de identificação, nós vamos tratar na esfera judicial”, destacou.

    Em novembro do ano passado, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que aguardava a conclusão da perícia e divulgação do laudo para prosseguir com as investigações.

    Mãe de Marília não compareceu à sede do Cenipa

    Sobre a ausência da mãe de Marília, Dona Ruth, na sede do órgão nesta segunda-feira (15), Cunha explicou que foi uma decisão dela, que não quer fazer “nenhum tipo de sensacionalismo em cima disso” e que o único interesse é que acidentes como esse não ocorram mais.

    Além disso, a família não está em uma “caça às bruxas”, ou seja, não estão buscando culpados. O advogado destacou que o relatório do Cenipa não visa indicar responsáveis pelo caso, mas possíveis fatores para o ocorrido e sugestões para que situações como essa não venham a ocorrer novamente.

    Marília Mendonça viajava para cumprir a agenda de shows quando a aeronave bateu em um fio de alta tensão e caiu em um curso d’água próximo da rodovia BR-474.

    O acidente aconteceu no dia 5 de novembro de 2021, em Piedade de Caratinga, no Vale do Rio Doce, no oeste de Minas Gerais. Além de Marília, morreram o produtor Henrique Ribeiro, o tio e assessor da cantora, Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto e o co-piloto do avião, Geraldo Martins Medeiros e Tarcísio Pessoa Viana, respectivamente.

    Polícia investiga vazamento de fotos

    Sobre a investigação do vazamento de fotos do corpo de Marília Mendonça feitas para perícia do Instituto Médico Legal (IML), Robson Cunha disse que ainda é necessário entender quem levantou o material “dentro de uma esfera que havia segurança”.

    Ele destacou que o inquérito é sigiloso e poucas pessoas tinham acesso ao conteúdo. A Polícia Civil de Minas Gerais também investiga o ocorrido.

    A Justiça do Distrito Federal aceitou denúncia e tornou réu André Felipe de Souza Alves Pereira, de 22 anos, indicado como responsável pela divulgação das fotos. Ele deve responder pelo crime de vilipêndio de cadáver, com pena prevista de detenção de 1 a 3 anos e pagamento de multa.

    Veja fotos da queda do avião da cantora Marília Mendonça

    *com informações de Marina Demori e Layane Serrano, da CNN

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