Recusa de vacinas cai 91% em cidade de SP que coloca no fim da fila quem escolhe
Número de negativas em razão da 'marca' do imunizante caiu de 222 para 20 no primeiro dia após início de nova regra em São Bernardo do Campo (SP)
A quantidade de pessoas que recusaram vacinas contra a Covid-19 em São Bernardo do Campo (SP), na região metropolitana de São Paulo, caiu 90,99%. Desde quinta-feira (1º), quem tentar escolher a marca do imunizante na cidade é enviado para o final da fila e só será vacinado após o restante da população adulta da cidade ter tido a oportunidade.
Já no primeiro dia da medida, o número de pessoas que se negaram a tomar a dose produzida por algum laboratório caiu de 222 para 20, comparando com a quarta-feira (30).
Os desistentes precisam assinar um termo de “recusa e responsabilidade”, que fica anexo ao protocolo do paciente na rede municipal. Caso a pessoa não aceite assinar o termo, os funcionários do posto assinam como testemunhas. Assim, a pessoa só vai poder tomar a vacina após toda a população elegível.
De acordo com o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB), até esta quinta-feira (5), 35 pessoas assinaram os termos de recusa e foram para o final da fila da imunização.
Pelo menos outras nove cidades de São Paulo também aplicaram medidas contra os apelidados de “sommeliers” de vacina. São elas: São Caetano do Sul (fim da fila), Jales (termo de recusa), Urupês (termo de recusa), São José do Rio Preto (termo de recusa), Caieiras (termo de recusa), Rio Grande da Serra (termo de recusa), Embu das Artes (“bloqueio” no sistema), Guararema (fim da fila) e Osasco (vacinação apenas na repescagem).
Em São Bernardo, o agendamento para tomar a vacina está aberto para pessoas com 37 anos ou mais. O cadastro é obrigatório e pode ser realizado no portal da Prefeitura ou no aplicativo SBC na Palma da Mão.
Foram registrados 81.470 mil casos de Covid-19 e 2.869 mortes na cidade, segundo dados divulgados no domingo (04). Quanto à vacinação, 487.046 doses foram aplicadas no município, sendo 381.279 de primeira dose e 105.767 de segunda dose.
*Sob supervisão de Victória Cócolo