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    Quem é o principal suspeito da morte de galerista norte-americano, no Rio 

    Alejandro Triana Prevez, de 30 anos, contou ao advogado que é mestre em agronomia e já trabalhou no Rio de Janeiro como guia turístico 

    Isabelle Salemeda CNN

    O principal suspeito da morte do galerista norte-americano Brent Sikkema, encontrado sem vida no último dia 14, no Rio de Janeiro, é descrito pelo advogado de defesa, Greg Andrade, como “alguém extremamente polido, bem educado e com boa formação”.

    “É uma pessoa que não bebe, segundo ele, que não usa droga, nem lícitas, nem ilícitas”, contou o advogado.

    Segundo Andrade, Alejandro Triana Prevez, de 30 anos, revelou que é mestre em agronomia e atuava em Cuba como professor universitário e escrevendo textos acadêmicos. Fluente em espanhol, inglês e português, Prevez teria vindo para o Brasil após a morte da mãe, que faleceu de câncer aqui durante a pandemia, para estudar e “fazer uma nova vida”.

    Solteiro e sem filhos, o homem, que está preso desde o último dia 18, afirmou, ainda, que já serviu nas Forças Especiais de Cuba e escreveu três livros, tendo um sido publicado. Na internet, é possível encontrar a obras chamada “Reflexões cinzentas do amor”, em tradução livre, que promete, em 92 páginas, abordar as experiências do autor.

    Preso serviu nas tropas especiais de Cuba e já escreveu livro sobre romance / Reprodução

    Também segundo o relato, feito já no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio, Prevez já teria estado na capital fluminense pelo menos duas vezes, quando, segundo ele, atuou como guia turístico. Em São Paulo, onde afirma estar morando, o cubano conta que trabalhou como servente de obras, além de usar o carro que aparece nas imagens analisadas pela Polícia Civil do dia do crime para fazer entregas de sites de comércio online.

    O veículo teria sido emprestado por uma mulher a quem ele chama de “madrinha” e foi justamente pela placa desse carro que a polícia chegou até o suspeito. Ele foi preso em um posto de gasolina, em Uberaba, em Minas Gerais, no dia 18 de janeiro. Cerca de 3 mil dólares foram encontrados com ele. Em depoimento aos policiais, já no Rio, Prevez negou qualquer participação na morte do galerista.

    No entanto, as câmeras de monitoramento do Jardim Botânico, na zona sul do Rio, analisadas pela Delegacia de Homicídios, indicaram que a morte do dono da galeria de arte em Nova York foi premeditada. As imagens já mostravam o carro do suspeito circulando pela região onde fica o imóvel da vítima cerca de 14 horas antes do crime.

    Suspeito de matar o norte-americano Brent Sikkema monitorou a vítima horas antes do crime / Reprodução/Gabriel

    O motorista do veículo também foi flagrado circulando por ruas vizinhas ao endereço do galerista e, mais tarde, entrando no imóvel de Sikkema, onde permanece por cerca de 14 minutos antes de ir embora. Sikkema foi encontrado morto com pelo menos 18 golpes de faca no imóvel que possuía na zona sul do Rio.

    Relacionamento com Sikkema 

    De acordo com o advogado, Prevez confirmou que mantinha um relacionamento profissional com a vítima, uma vez que atuava como uma espécie de “faz-tudo” em um dos imóveis do galerista, em Cuba. Ele teria sido contratado por uma prima do marido de Sikkema.

    Prevez, no entanto, negou qualquer tipo de relacionamento amoroso com o norte-americano.

    O suspeito disse que tem mais informações para passar para os investigadores do caso. Por isso, a defesa tenta marcar, para a próxima terça-feira (30), uma nova oitiva, em que Prevez pretende mudar a versão inicial apresentada à Polícia.

    “Ele, ao ser confrontado, não confrontado, mas ao dizer as provas que a polícia já tinha, ele reavaliou e já pediu para poder inclusive fazer contato com a Delegacia, que ele gostaria de ser ouvido novamente. E assim foi feito e imediatamente saímos de lá e imediatamente fomos à Delegacia. Eu conversei com o Inspetor Chefe e ele prontamente disse que seria possível, que seria viável”, disse Andrade.

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