Queda de avião em SP: “por 50 metros não pega uma casa”, diz morador
Segundo os Bombeiros, devido ao impacto muito violento, as duas mortes ocorreram no local; FAB investiga causas
Um morador da região onde um avião de pequeno porte caiu, na grande São Paulo, na manhã desta quinta-feira (25), afirmou que, por pouco, casas não foram atingidas.
“Eu estava próximo, mas passou em cima da casa do meu irmão. Minha cunhada conseguiu avistar o avião passando, beirando telhado e quebrando todas as árvores. Questão de 50 m não pega a última casa da chácara”, disse Ismael Barros, em entrevista à CNN.
Moradores relatam, ainda, que ouviram um grande barulho no momento da queda e avistaram muita fumaça logo após o barulho.
Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), a aeronave, prefixo PT-DKA, decolou do Campo de Marte, na zona norte da capital paulista, com destino ao Aeródromo Presidente Venceslau, a cerca de 565 quilômetros de distância. A queda aconteceu pouco depois das 10 horas da manhã.
O acidente
Duas pessoas morreram no acidente, que aconteceu na divisa entre as cidades de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Equipes de segurança dos dois municípios foram acionadas para ajudar na ocorrência. Segundo o Corpo de Bombeiros, o avião caiu em um trecho de mata fechada.
“Foi necessário movimentar um pouco aeronave. Foi um impacto bastante violento. O local era de difícil acesso, por conta da chuva também tem muita lama e está muito escorregadio no local. Devido ao impacto muito violento, os dois óbitos ocorreram no local”, explicou o comandante dos Bombeiros, Tenente-Coronel Marcelo Ramos.
Além da Polícia Civil, o Quarto Serviço de Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV) foi acionado para a ocorrência. Segundo a FAB, não há prazo definido para conclusão das investigações, mas serão no “menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes”, disse em nota.
Segundo o sistema da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o avião é do modelo PA-24-260, da empresa Piper Aircraft e foi fabricado em 1970. Ele tinha capacidade para seis pessoas estava com a documentação em dia, mas não havia autorização para realização de táxi aéreo.