Quatro das principais universidades públicas do país preparam retorno das aulas presenciais
A queda nos indicadores e recentes levantamentos das restrições no estado auxiliam na tomada de decisão das instituições
Segundo levantamento feito pela Agência CNN, quatro das principais universidades públicas do país se preparam para o retorno das aulas presenciais ainda este ano. São elas: a Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e Universidade Federal de Rondônia (UNIR).
Entre as quatro universidades, três são paulistas. A queda nos indicadores e recentes levantamentos das restrições no estado auxiliam na tomada de decisão das instituições. De acordo com Jean Gorinchteyn, secretário estadual da Saúde, em coletiva nesta quarta-feira (25), São Paulo se encontra na oitava semana seguida de queda nos números da pandemia. A taxa de ocupação de UTI está em 37,87% no estado, por exemplo.
A partir do dia 13 de setembro, Unicamp e Unesp começam a receber os alunos, mas com a exigência do esquema vacinal completo, ou seja, tendo recebido duas doses de imunizantes ou a dose única da Janssen. A Unicamp abrirá para alunos e professores as três unidades localizadas em Campinas, Piracicaba e Limeira.
Já na Unesp, apenas as unidades em Botucatu terão a volta para o presencial em um primeiro momento, pois a cidade faz parte de uma vacinação em massa de sua população para estudo do imunizante da Oxford/AstraZeneca. As outras unidades, espalhadas por 23 cidades, analisam a volta de acordo com os protocolos sanitários de cada município.
De acordo com o Ministério da Saúde, a vacinação em massa em Botucatu já registrou a queda de novos casos em 80% e de novas internações em 86,7%. A segunda dose começou a ser aplicada no dia 08 de agosto.
A volta na USP será feita a partir do dia 04 de outubro, também apenas para pessoas que já estão completamente imunizadas. O reitor da universidade Vahan Agopyan disse, em nota, que entre os quase 90 mil alunos da instituição, 60 mil estão na graduação, participando de aulas com “turmas com composições distintas, e, muitas vezes, em edifícios e unidades diferentes”. Para o reitor, “nessas condições, os cuidados sanitários devem ser mais criteriosos. Tivemos exemplos negativos no exterior que não precisamos repetir”.
Em Rondônia, a Universidade Federal está em processo de discussão sobre o retorno das aulas presenciais. Se a proposta de retorno à presencialidade for aprovada, a partir da segunda quinzena de novembro os alunos poderão retornar às salas de aula.
Ainda que a vacinação no Brasil esteja avançando e algumas universidades já planejem a volta ao ensino presencial, a maioria deve terminar o ano de modo remoto ou híbrido. A Universidade Federal do Ceará, por exemplo, explicou que o semestre que se inicia em setembro será de transição, com retorno presencial só sendo possível em 2022.
A partir do dia 13 de setembro, Unicamp e Unesp começam a receber os alunos, mas com a exigência do esquema vacinal completo, ou seja, tendo recebido duas doses de imunizantes ou a dose única da Janssen há pelo menos 14 dias.
Outras nove instituições de ensino declararam que vão terminar o semestre ou ano letivo com o modelo remoto.
São elas:
– UNB
– UFBA
– UFPB
– PUCRio
– UFABC (Aulas presenciais apenas para pesquisas relacionadas à Covid-19 ou essenciais)
– UEL (Apenas cursos da área da Saúde estão com aulas práticas e/ou internatos presenciais)
– UFMA
– UFPI (Aulas presenciais apenas para o curso de Medicina)
– UFRR
*Supervisão de Julyanne Jucá