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    Provas do Enem ainda não chegaram à empresa aplicadora, afirmam servidores do Inep

    Para servidores, declarações de Milton Ribeiro sobre entrega de provas denota desconhecimento da pasta sobre a organização

    Basília Rodriguesda CNNRodrigo Maiada CNN* , Em Brasília e em São Paulo

    Ao contrário do que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou, as provas do Exame Nacional do Ensino Médio, que serão realizadas no domingo, ainda não estão com a empresa aplicadora, de acordo com servidores do Inep ouvidos pela CNN.

    O processo de distribuição das provas, historicamente, tem início somente na quinta-feira que antecede a realização do Enem e segue até domingo. Para esta edição, a logística também teve início na quinta-feira (18). O ministro usou suas redes sociais no dia 8 para dizer que as provas já estavam com a empresa aplicadora. Mas ainda há provas nos centros de distribuição, de acordo com servidores do Inep. Para esses servidores, que conversaram com a CNN sob anonimato, a declaração do ministro denota desconhecimento da pasta sobre a organização das provas.

    Há 600 pontos de distribuição no país.

    O período que antecede a aplicação das provas, entre quinta e domingo, é considerado crítico. Ao longo desses dias, os funcionários do Inep responsáveis pelo Enem ficam de plantão por 24 horas. Em condições normais, já há riscos de extravio de lotes, exposição de provas ou de grupos de alunos ficarem sem provas. Diante da crise com a debandada de coordenadores, a tensão é maior e todas as atenções estão voltadas para o Enem.

    Procurado, o Ministério da Educação não comentou o atraso na entrega do Saeb. Informou que 19 unidades da federação já iniciaram a aplicação das provas e que o restante fará isso na próxima segunda-feira.

    As capitais onde as provas já ocorreram, de acordo com o MEC, incluem Bahia (BA), Ceará (CE), Distrito Federal (DF), Piauí (PI), Paraná (PR), Roraima (RR) e Rio Grande do Sul (RS). São Paulo, estado mais populoso, no entanto, ficou para o fim da fila.

    O governo afirma que, pela primeira vez, o Inep dividiu a logística dando prioridade à entrega e à aplicação das provas nas regiões mais distantes e em que os Correios levam mais tempo para finalizar a entrega. Por isso, São Paulo será o último estado a receber as provas.

    Apesar de todos os problemas, o cronograma do Enem está dentro do prazo.

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