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    Deputados de SP aprovam obrigatoriedade de água filtrada gratuita em bares e restaurantes

    Lei aguarda sanção do governador Tarcísio de Freitas; estabelecimentos terão que deixar oferta gratuita visível aos clientes

    Flora Bar, no bairro dos Jardins, em São Paulo
    Flora Bar, no bairro dos Jardins, em São Paulo Divulgação

    Léo LopesFelipe Souzada CNN

    em São Paulo

    Um projeto de lei que obriga bares e restaurantes de São Paulo a oferecerem água filtrada gratuitamente aos clientes foi aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

    O PL 433/2023, de autoria do deputado Átila Jacomussi (Solidariedade), prevê que “bares, restaurantes, lanchonetes, padarias e estabelecimentos similares” do estado sejam obrigados a servir “água potável filtrada à vontade” de maneira gratuita aos clientes.

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    A proposta foi votada pelos deputados estaduais no último dia 8, e encaminhada ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) no último dia 23. O governador tem um prazo de 15 dias para se manifestar; caso contrário, o projeto será considerado sancionado.

    A lei ainda determina que é considerada água potável filtrada a água da rede pública que tenha passado por algum dispositivo filtrante, como filtro de barro, purificador e afins.

    “Até se poderia dizer que não é comum a recusa a um pedido de água efetuado em estabelecimento comercial, e que, portanto, não seria necessária uma lei nessa conformidade. De fato, a oferta de água é comum. O incomum é a oferta de água potável filtrada”, afirmou o deputado na justificativa do projeto.

    Além disso, os estabelecimentos serão obrigados a colocar de maneira visível aos clientes – seja em cartaz, ou no cardápio – a informação da gratuidade da água.

    O governo de São Paulo será responsável por definir qual órgão será responsável pela fiscalização do cumprimento da lei, e quais serão as penalidades aplicadas aos infratores.

    “Os estabelecimentos que descumprirem a presente lei estarão sujeitos às sanções da Lei Federal nº 8.078/1990 (Código de Defesa do Consumidor)”, conclui o projeto.

    À CNN, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) disse que aguarda a análise do projeto pelo governador para se posicionar formalmente, mas adianta que não são contra “a gentileza em oferecer água da casa aos clientes”. “Somos contra a obrigatoriedade. Pois cabe ao empresário a decisão, pois tem custos envolvidos”, afirmou a Associação.

    A Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São Paulo (Fhoresp) afirmou em nota que também é contra a medida e espera o veto do governador.

    “Não obstante os nobres propósitos do autor, a mesma proposta tentada na cidade de São Paulo, já foi declararada inconstitucional pelo Tribunal de Justiça. Então, nos parece que a Alesp está legislando sobre essa matéria de forma ilegal, tentando atropelar o Poder Judiciário Paulista”, afirmou a Fhoresp em nota.

    A federação ainda alega que, caso aprovado o projeto, o custo da água gratuita acabaria repassado aos preços no cardápio.

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