Proibir celular na escola é respeito ao professor, diz secretário de Educação do RJ à CNN
Renan Ferreirinha defende medida como forma de manter concentração dos alunos e melhorar interação em sala de aula
O secretário de Educação do Rio de Janeiro, Renan Ferreirinha, defendeu a proibição do uso de celulares nas escolas da rede estadual como uma medida de respeito aos professores e uma forma de melhorar o desempenho dos alunos.
Em entrevista ao CNN 360°, Ferreirinha argumentou que a iniciativa visa manter a concentração dos estudantes e promover uma melhor interação em sala de aula.
“A gente precisa reconhecer o papel que o professor tem como autoridade na sala de aula, como o diretor também tem na escola, e o professor precisa ser completamente respeitado”, afirmou o secretário. Ele ressaltou que a medida também é vista como uma forma de respeito ao trabalho docente.
Ferreirinha explicou que o uso indiscriminado de celulares durante as aulas prejudica a atenção dos alunos: “Não adianta o professor, por exemplo, pedir para que a turma preste atenção, para que interaja com a aula, o aluno vai, pega o celular e começa a entrar numa rede social, começa a jogar um jogo”.
O secretário argumentou que cada notificação recebida no aparelho é como se o aluno “saísse da sala de aula”, comprometendo sua capacidade de concentração.
Uso consciente da tecnologia
Apesar da proibição geral, Ferreirinha ressaltou que há exceções para o uso de celulares com fins pedagógicos: “O professor ele pode sempre permitir que o celular possa ser utilizado desde que tenha intencionalidade pedagógica, desde que seja utilizado por exemplo para fazer uma pesquisa, para fazer um trabalho”.
O secretário enfatizou que a medida não é contra o uso da tecnologia na educação, mas defende sua utilização de forma responsável e consciente.
“A gente não é contra o uso da tecnologia na educação, mas a gente acredita que a tecnologia tem que ser utilizada de forma responsável e consciente, porque do contrário ela acaba sendo uma vilã do processo educacional e não uma aliada como a gente deseja que seja”, concluiu Ferreirinha.
A iniciativa do governo do Rio de Janeiro se alinha a uma tendência crescente de regulamentação do uso de dispositivos eletrônicos em ambientes escolares, buscando equilibrar os benefícios da tecnologia com a necessidade de manter um ambiente de aprendizagem focado e produtivo.