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    Principal financiador de roubos do PCC morre em ação da PM em Goiás

    Pintado, um dos criminosos mais procurados do país, tinha mais de 30 ocorrências criminais, e era suspeito de ter financiado “mega-assaltos” do PCC a bancos e carros-fortes

    Viatura da Polícia Militar de Goiás.
    Viatura da Polícia Militar de Goiás. Divulgação/Polícia Militar de Goiás

    Victor Aguiarda CNN*

    em São Paulo

    Morreu, na noite desta terça-feira (10), na cidade de Luziânia, em Goiás, o criminoso José Carmo Pinto Silvestre, de 54 anos.

    Pintado, como era conhecido, figurava até 2020 na lista dos criminosos mais procurados do Brasil, elaborada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, em função de suas colaborações com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

    Segundo informações da Polícia Militar de Goiás, foi feita uma tentativa de abordagem a uma Chevrolet S10 branca, conduzida por Pintado. Ao ser confrontado pelos agentes, o criminoso reagiu e disparou contra os policiais, que revidaram a agressão.

    Ainda de acordo com a PM, Pintado chegou a ser socorrido e levado a um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos.

    Durante as buscas, foram localizados materiais explosivos no veículo, resultando no isolamento da área e na remoção dos artefatos por equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Além disso, dentro do automóvel, a Polícia Militar também encontrou uma pistola, um bloqueador de sinais e um colete à prova de balas.

    Criminoso era um dos mais procurados do país

    Pintado possuía longa ficha criminal. Segundo o comunicado da Polícia Militar, ele foi responsável por várias ações de roubos a carros-fortes, bancos e base de valores na modalidade “domínio de cidade” em todo o território nacional.

    “O criminoso possui uma média de 36 ocorrências criminais, entre inquéritos e processos espalhados pelas comarcas de São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco, com oito condenações, principalmente pelos crimes de roubo qualificado”, afirma a nota.

    Pintado estava foragido há 12 anos quando foi preso, em 2020. Após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de outubro do mesmo ano, no entanto, ele foi solto, mas continuou a responder na Justiça por seus supostos envolvimentos no financiamento de assaltos de grande escala orquestrados pelo PCC.

    Ele também foi preso em outras duas ocasiões. Na primeira, em 1994, companheiros armados do criminoso invadiram um hospital no qual ele estava internado e o retiraram do local.

    Em 2005 foi detido mais uma vez, mas acabou saindo novamente em 2008 — ano em que sofreu a condenação pela qual estava foragido até 2020.

    *Sob supervisão de Vinícius Bernardes, da CNN