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    Primeiras câmeras corporais são implantadas na polícia baiana

    Mais de 400 equipamentos começam a ser utilizados, nesta terça-feira (7), nos três bairros com maior número de ocorrências em Salvador

    Camila Tíssiada CNN , Salvador

    Tão esperadas por alguns baianos, as câmeras corporais começaram a ser implantadas nas fardas dos policiais militares do Estado nesta terça-feira (7). Na primeira etapa, 448 Equipamentos de Proteção Individual (EPI) serão usados por agentes de companhias em três bairros de Salvador. Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), os locais foram estabelecidos a partir de um critério técnico, que utilizou o parâmetro de unidades com maior número de ocorrências.

    Chamadas de “bodycams”, os aparelhos foram distribuídas para policiais lotados nos bairros de Pirajá (152 câmeras), Tancredo Neves (152) e Liberdade (144). Os equipamentos são acoplados nas fardas e filmam as operações policiais.

    Ao todo, a Bahia tem 1.100 câmeras contratadas por meio de licitação e 200 equipamentos doados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Até o final da implantação, 3.300 câmeras contratadas pelo Estado serão implantadas.

    A implementação das câmeras será gradativa e, nas outras fases, contemplará, também, as Polícias Civil e Técnica, além do Corpo de Bombeiros Militar. Segundo o governo estadual, o projeto baiano será o primeiro do país a implantar as câmeras corporais em todas as forças de segurança.

    No entanto, as câmeras corporais já faziam parte da rotina de policiais militares em outros estados brasileiros, desde 2023. Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) são eles: Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Norte, Roraima e Rondônia.

    Na capital baiana, a implementação foi anunciada durante coletiva de imprensa com o secretário da SSP-BA, Marcelo Werner, no Centro Administrativo da Bahia. O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas, e a secretária de Promoção da Igualdade Racial, Ângela Guimarães, também participaram da coletiva.

    Werner garantiu não haver a possibilidade de edição de qualquer imagem. “O policial ao começar a fazer uso desse material de proteção, começa a gravação ininterruptamente. Ao terminar o uso, ele coloca em uma doca no carregador e, ao mesmo tempo em que está sendo realizado o carregamento daquele equipamento, é realizado o download das imagens que vão para nuvens”.

    Ainda segundo a SSP, as câmeras favorecem a população e também o trabalho policial, agregando mais transparência, qualidade e segurança aos agentes, além de qualificar as investigações criminais. As gravações serão autorizadas apenas por ordem judicial, ou por requisição fundamentada à Secretaria de Segurança Pública da Bahia.

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