Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Previsão de tempestade: Acumulados de chuvas no RJ podem chegar aos números do desastre de 2011

    Segundo o Cemaden, sábado (23) é o dia mais crítico para a região serrana e metropolitana do Rio de Janeiro; baixada fluminense e Zona da Mata mineira também devem ser impactadas

    Duda Cambraiada CNN

    Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o acumulado de chuva previsto para o Rio de Janeiro neste final de semana pode superar os números do desastre de 2011, quando quase mil pessoas morreram devido às chuvas que atingiram região serrana do estado.

    “O que haveria de semelhança em relação a 2011: acumulados de chuvas superiores a 200 milímetros, possivelmente de 300 milímetros. Números também observados em janeiro de 2011”, afirma Giovanni Dolif, meteorologista e pesquisador do Cemaden, em entrevista à CNN nesta quinta-feira (21).

    O meteorologista ainda explica que os impactos dessa tempestade no final de semana dependem da intensidade da chuva, dos intervalos entre elas e da área afetada. O mesmo acumulado de chuva de 2011, não necessariamente significa que os números de afetados serão os mesmos.

    “O Cemaden nasceu a partir daquele evento de 2011. Então muita coisa foi feita nesses mais de dez anos, o Brasil evolui na capacidade de monitorar e alertar”, lembra Dolif.

    O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro (CBMERJ) atuará com o dobro de militares em preparação às fortes chuvas previstas para os próximos dias. Os comandantes ficarão de prontidão, a partir desta quinta-feira (21), com a tropa para uma resposta ágil de possíveis ocorrências nas regiões Serrana, Sul, Norte e Baixada Fluminense.

    Para o meteorologista da Cemaden, “essa mobilização diminui os impactos, mesmo que o evento seja igual”.

    Áreas mais afetadas:

    O Instituto Nacional de Meteorologia emitiu alerta vermelho de grande perigo chuvas intensas para o litoral norte de São Paulo, Vale do Paraíba paulista, Zona da Mata mineira, sul do Espírito Santo e para todo o estado do Rio de Janeiro. O aviso começa na sexta (22) e termina no domingo (24).

    Segundo o meteorologista Giovanni Dolif, essa é faixa que vai receber o maior volume de chuvas. O especialista ainda explica que o Cemaden tem um sistema de monitoramento de riscos, com base na combinação de previsão de chuva e com a chuva já ocorrida.

    Segundo esse sistema, a expectativa é que o sábado seja o pior dia. “Chega ao risco máximo no sábado na região Serrana do Rio de Janeiro, Metropolitana e Baixada, além de parte da Zona da Mata mineira, isso em relação a deslizamento de terra, mas o risco de inundações também é alto”, explica Dolif.

    Virada de tempo:

    Depois de duas semanas de forte calor, boa parte do país deve sentir uma mudança brusca nos termômetros. Em São Paulo, por exemplo, a temperatura vai despencar de 34º para 17º até sábado (23), segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura (CGE).

    Além das baixas temperaturas, a previsão também é de tempestades. Giovanni Dolif explica que uma frente fria está chegando no sul do país e encontra com uma massa de ar quente, além de temperaturas dos oceanos mais elevadas do que o normal, o que resulta em grandes volumes de chuvas.

    As tempestades já chegaram no Rio Grande do Sul na madrugada desta quinta-feira (21). Na cidade de Soledade, no norte do estado, os ventos chegaram a 142 km/h, velocidade compatível com as rajadas de um furacão da categoria 1, segundo a escala de Saffir-Simpson. Em Jaguarão, o acumulado de chuva em 24h foi de 131,2 milímetro. No total, mais de 800 mil clientes estão sem luz no estado.

    Segundo Dolfi, essa chuva deve atingir em São Paulo ainda nesta quinta-feira (21). “Deve chegar as linhas de instabilidades, que avançam mais rápido do que a frente fria, e causam tempestades já essa noite”, explica.

    Tópicos