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    Preso por obstruir caso Marielle briga na Justiça para recuperar carro de luxo

    Maxwell Simões Corrêa afirmou que trabalha com venda de automóveis

    Vereadora Marielle Franco foi morta em março de 2018 junto com o motorista Anderson Gomes
    Vereadora Marielle Franco foi morta em março de 2018 junto com o motorista Anderson Gomes Foto: Renan Olaz - 08.mar.2017/CMRJ

    Leandro Resende Da CNN, no Rio de Janeiro

    Preso na manhã desta quarta-feira (10) por suspeita de obstruir as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, o bombeiro Maxwell Simões Corrêa briga na Justiça para recuperar um carro apreendido em março de 2019 na casa de Ronnie Lessa, apontado como autor do duplo homicídio.

    À Justiça, Maxwell informou que comprou o veículo por R$ 160 mil e que trabalha de maneira “informal e eventual” como parceiro de uma empresa que revende automóveis, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

    Além deste veículo, que ainda não foi devolvido a Maxwell, o bombeiro também é proprietário de uma BMW X6 avaliada em mais de R$ 170 mil. Seu salário como sargento é de cerca de R$ 6 mil por mês.

    Segundo o Ministério Público do Rio, o papel de Maxwell para obstruir as investigações de ceder seu carro para guardar as armas de Ronnie Lessa quando da sua prisão para que, posteriormente, o arsenal fosse jogado no mar. 

    A CNN apurou que Maxwell é suspeito de explorar serviços ilegais de serviços como TV por assinatura em bairros das Zonas Norte e Oeste do Rio de Janeiro.

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    Para tentar recuperar seu carro, Maxwell alegou à Justiça, oito meses depois da prisão do réu pela morte de Marielle Franco, que foi uma “infeliz coincidência” o fato de seu carro estar na casa de Ronnie Lessa no momento de sua prisão.

    O bombeiro declarou, ainda, que “há muitos anos faz da compra e venda de veículos atividade para complementar sua renda”. 

    Em outro argumento para tentar recuperar seu carro, Maxwell demonstra sua amizade com Lessa e diz que emprestou seu veículo porque a esposa do acusado de matar Marielle, Elaine (também presa) usava o carro da família para “transportar os filhos para faculdade e colégio, além de outras tarefas domésticas”. 

    Pouco mais de um mês após da morte de Marielle, no final de abril de 2019, Maxwell estava com Ronnie Lessa quando ele levou um tiro durante um assalto. Na ocasião, o bombeiro revidou o disparo e acertou o assaltante, que hoje cumpre pena em um presídio no Rio de Janeiro.