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    Presidente da APAE de Bauru é preso após sumiço de funcionária

    Claudia Regina da Rocha Lobo, de 55 anos, foi vista pela última vez na tarde de terça-feira (6) deixando a sede da entidade; dois dias depois, presidente da ONG chegou a assinar comunicado "lamentando" o ocorrido

    Bruno Laforéda CNNDayres Vitoriada CNN* Em São Paulo

    O presidente da organização sem fins lucrativos Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Bauru, no interior de São Paulo, foi preso nesta quinta-feira (15) como principal suspeito pelo desaparecimento de uma funcionária da ONG.

    Claudia Regina da Rocha Lobo, de 55 anos, funcionária da entidade há 20 anos, foi flagrada por câmeras de segurança deixando a sede da APAE pela última vez na tarde de terça- feira (6). Desde então, a trabalhadora não foi mais vista.

     

    Segundo o delegado Cledson Nascimento, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Bauru, Roberto Franceschetti Filho, presidente da APAE, foi preso temporariamente nesta semana após o deferimento de um mandado de prisão temporária e um mandado de busca e apreensão expedidos contra ele.

    O veículo de Claudia foi encontrado abandonado com um estojo de munição dentro. Durante o cumprimento dos mandados contra Roberto, uma arma do mesmo calibre do estojo foi apreendida na residência dele.

    A polícia acredita que a vítima está morta. A arma apreendida deve passar por perícia, que deve ser conclusiva para ligar o suspeito à morte da vítima, segundo o delegado.

    Em nota publicada na quinta-feira (8) da semana passada, dois dias após o desaparecimento de Regina, a APAE Bauru chegou a compartilhar um comunicado sobre o sumiço da funcionária. O documento foi assinado pelo próprio Roberto, depois indicado como o principal suspeito pelo crime.

    “A APAE Bauru lamenta o desaparecimento de Claudia Regina da Rocha Lobo, de 55 anos, funcionária da Entidade. O corpo diretivo tem se empenhado em prestar o máximo auxílio necessário às autoridades competentes, que seguem empenhadas nas buscas por sua localização”, afirmava a nota.

    Nesta quinta-feira (15),  com a prisão do presidente da organização, uma nova nota foi publicada: “A APAE Bauru se surpreendeu com a notícia do envolvimento de Roberto Franceschetti Filho no desaparecimento de Cláudia Regina da Rocha Lobo, de 55 anos, funcionária da Entidade. A Diretoria Executiva vem a público esclarecer que o fato não tem relação com os serviços prestados”.

    A APAE Bauru atua há quase 60 anos na defesa e garantia de direitos das pessoas com deficiência. Com uma equipe formada por mais de 300 profissionais, o grupo presta atendimentos nas áreas da saúde, educação e assistência social para mais de quatro mil usuários. Segundo a entidade, o ocorrido não tem relação com os serviços prestados.

    Com a prisão de Franceschetti , agora a instituição passa a ser representada pela 1ª Vice-Presidente, Maria Amélia Moura Pini Ferro.

    Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), o caso permanece sendo investigado em segredo de Justiça pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Bauru, visando à localização da vítima e o esclarecimento dos fatos.

    A CNN tenta contato com a defesa de Roberto Franceschetti Filho, e o espaço segue aberto para manifestação do suspeito.

    *Sob supervisão

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