Preocupação é com assintomáticos, diz secretário sobre volta às aulas em SP
“Crianças são transmissores invisíveis, podem contrair em casa e levar para a escola e vice versa," disse Edson Aparecido
Segundo o secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, a decisão de não retornar com as aulas de maneira presencial para as escolas públicas e privadas da cidade se deu pelo resultado do inquérito sorológico, que mostrou um grande número de crianças assintomáticas na capital.
“O inquérito sorológico foi importante porque mostrou que temos mais de 244 mil crianças, de 4 a 14 anos, que tiveram contato com o vírus nas escolas públicas e privadas. Dessas, 70% não apresentaram sintomas,” disse Aparecido.
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“Crianças são transmissoras invisíveis, podem contrair em casa e levar para a escola e vice versa. Essa é a grande preocupação, tanto para preservar as crianças como para não aumentar a proliferação do vírus na cidade.”
Questionado sobre a razão da prefeitura ter reaberto bares e não escolas, Aparecido disse que são ambientes que lidam com faixas etárias e prevalências diferentes.
“Nessas outras áreas, onde teve a flexibilização, elas envolvem uma parte da população maior de 18 anos, que podem aplicar medidas de distanciamento que ajudam no processo de conter a transmissão. Para crianças de 4 a 14 anos essa dificuldade é maior.”
(Edição: Sinara Peixoto)