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    Prefeitura do Rio discute fim do passaporte da vacina nesta segunda-feira (25)

    À CNN, membros do comitê científico afirmam que medida deve ser revogada na capital fluminense

    Lucas JanoneBeatriz Puenteda CNN , no Rio de Janeiro

    A Prefeitura do Rio de Janeiro avalia determinar, a partir desta segunda-feira (25), o fim da obrigatoriedade do passaporte vacinal contra a Covid-19 na cidade.

    Atualmente, na capital fluminense, as pessoas precisam comprovar a imunização completa (até dose de reforço) para entrar em estabelecimentos fechados, como shoppings, restaurantes e cinemas.

    Uma reunião da Secretaria Municipal de Saúde e do Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19 acontece nesta manhã para discutir a flexibilização da medida.

    Segundo membros da prefeitura, a expectativa é que o passaporte da vacina seja desobrigado ainda esta semana, por meio de um decreto em Diário Oficial.

    O médico sanitarista e ex-ministro da Saúde José Temporão, integrante do comitê, confirmou que a manutenção ou não da cobrança do passaporte da vacina é o tema principal da pauta.

    Apesar de não concordar com a desobrigação do comprovante, ele afirma que a tendência é que a medida seja flexibilizada.

    “Antes de pensar nisso, temos que avançar na cobertura vacinal de jovens e crianças, além da terceira dose para adultos”, defende o médico.

    Alberto Chebabo, outro membro do grupo, admitiu à CNN que o fim da obrigatoriedade do passaporte da vacina “pode acontecer” ainda nesta segunda-feira.

    Ele explicou que a medida restritiva perdeu a razão após o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga assinar, na última sexta-feira (22), o fim do estado de emergência sanitária nacional por causa da Covid-19, instaurado em fevereiro de 2020.

    “O assunto vai ser discutido, mas acho que pode acontecer [nesta segunda-feira]. Até porque com o fim do decreto emergencial [anunciado pelo governo federal], caem essas medidas restritivas”, disse Chebabo.

    Até mesmo o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, confirmou a possibilidade. Caso a flexibilização, de fato, ocorra nesta semana, será antes do planejado pelo Município. Inicialmente, a expectativa da Secretaria Municipal de Saúde era que a exigência só deixasse de valer quando 70% do público-alvo (população acima de 18 anos) recebesse a dose de reforço.

    Atualmente, o indicador, de acordo com o painel da prefeitura, está em 62%.

    Se confirmado, o afrouxamento da restrição também virá após o carnaval fora de época, durante o feriado de Tiradentes, momento de grande fluxo de pessoas na cidade.

    A competição entre as escolas de samba acabou neste fim de semana, com cerca de 70 mil foliões por dia na Marquês de Sapucaí, mas as agremiações com melhor resultado ainda se apresentam no próximo sábado (30).

    Além disso, blocos foram às ruas, apesar da proibição do Município.

    A exigência é combatida pelo governo federal. Ao formalizar o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), o ministro da Saúde criticou o passaporte da vacina e afirmou que ele nunca deveria ter existido. “É o passaporte da discórdia, que não ajudou em nada nossa campanha de vacinação”, declarou aos jornalistas.

    Ampliação da segunda dose de reforço

    O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou na semana passada a ampliação do calendário de aplicação da segunda dose de reforço contra a Covid-19 na cidade, quarta dose para a maior parte dos imunizantes.

    A partir da próxima quarta-feira (27), o calendário será estendido para a vacinação de idosos com 70 anos ou mais. Aqueles com mais de 60 anos, que receberam a primeira dose de reforço há pelo menos seis meses, poderão ser imunizados a partir do dia 11 de maio.

    Atualmente, estão contempladas para a segunda dose de reforço apenas pessoas com 80 anos ou mais.

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