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    Prefeitos decidem não aderir flexibilização do Plano SP determinada pelo governo

    Seis cidades do ABC seguirão com medidas mais rígidas até o final de agosto

    Tainá Falcão, da CNN

    Seis cidades do ABC paulista, com exceção de São Caetano, decidiram não seguir determinação do estado para flexibilizar integralmente as regras da quarentena no estado. A partir do dia 17,  São Paulo suspenderá os limites de ocupação de bares, restaurantes e comércios, além de extinguir horários para funcionamento dos estabelecimentos.

    Presidente do Consórcio do ABC e prefeito de Santo André, Paulo Serra, diz que a decisão orientada por médicos que acompanham a pandemia nas cidades, leva em conta o que aconteceu em outros países, que precisaram recuar diante da presença e avanço da variante Delta.

    Atualmente, segundo ministério da Saúde, o Brasil registra 570 casos e 36 mortes ocasionadas pela variante Delta. Ao todo, 96 casos foram detectados em São Paulo.

    Até o final de agosto, o ABC manterá limite de 80% de ocupação para comercio, com funcionamento permitido até meia-noite.“A gente acompanhou outros países [com presença da Delta] e prefere aguardar dar tempo da vacina [primeira dose] surtir efeito. A gente sabe que ainda são 15 dias para vacina iniciar proteção.”, disse.

    Capital Paulista em alerta

    Já o secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, disse que, por ora, a capital paulista deve seguir recomendações do estado, mas não descarta uma reavaliação a curto prazo.

    Atualmente, a capital está com ocupação de leitos de UTI em torno de 35%. Avaliação recente das autoridades municipais é de que o número de casos, que apresentava queda, estacionou há semanas.“ É pra ficar em alerta (…) Faremos uma nova avaliação na semana que vem”, afirmou.

    Réveillon e Carnaval

    A secretaria de Saúde também voltou a dizer que eventos já anunciados, como réveillon e carnaval, estão sujeitos a avaliações feitas pela vigilância sanitária as vésperas. Um decreto publicado pela prefeitura em três de julho condiciona a realização dos eventos a autorização de órgãos municipais de saúde e a vacinação de 70% da população adulta.

    Atualmente, o estado de SP tem 88% de adultos vacinados com a primeira dose.“O prefeito criou uma comissão e está preparando as condições de infraestrutura [para os eventos], mas só vão ser autorizados pela vigilância sanitária na época. Em dezembro [réveillon].”, informou.

    Hospital de campanha em Santo André (SP) durante pandemia da Covid-19
    Hospital de campanha em Santo André (SP) durante pandemia da Covid-19
    Foto: Danilo M Yoshioka/Futurapress/Estadão Conteúdo (19.mar.2021)

    Estado de SP

    Para membros do centro de contingência do estado, que baliza as normas para quarentena, o momento também é de alerta. Avaliação interna é de que a abertura do estado com a população adulta vacinada apenas com a primeira dose foi precipitada.

    Nesta sexta-feira (13), o governador João Doria, foi convidado a participar de uma reunião com membros do centro de contingência para discutir o assunto. Apesar do temor, interlocutores do governo afirmam que a quarentena não será adiada. Na quarta-feira (11), o governo comemorou queda nos índices da pandemia.

    Atualmente, o estado tem 45,6% dos leitos de UTI ocupados por pacientes com a Covid-19. Na grande São Paulo, a ocupação é de 42,8%.

    Na quarta-feira, a secretaria de saúde diz ter registrado queda em percentuais de casos (8%), internações (8%) e mortes (6%). O secretário-executivo do centro de contingência, João Gabbardo, disse que “por ora”, os indicadores não apontam para necessidade de se alterar o planejamento estadual.

    Outros membros do comitê destacam a preocupação com a velocidade da queda nas taxas. Paulo Menezes, diretor do Centro de contingência, acredita que é preciso avaliar se os índices deixaram de cair ou se foi um “escorregão”.

    Na semana passada, segundo Menezes, o número de pacientes internados por dia caia 3%, diferente desta semana, que registrou regressão de 1,5%. O governo de São Paulo anunciou a conclusão da imunização dos adultos em 16 de agosto, quatro dias antes da previsão anterior. A data foi nomeada de “Dia da Esperança”.