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    Prefeitos da Grande SP contestam flexibilização da quarentena apenas na capital

    Para as cidades classificadas no nível mais crítico, em vermelho, as cidades não podem relaxar nenhum setor da economia por mais 15 dias a partir de 1º de junho

    Marcela Rahal , Da CNN, em São Paulo

    Prefeitos das cidades de Osasco, Cotia, Cajamar, Itapevi e Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo contestam o novo modelo de flexibilização adotado pelo governo estadual

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    No plano chamado de Retomada Consciente, anunciado nesta quarta-feira pelo governador João Doria, os municípios foram divididos por etapas de flexibilização definidas de acordo com a situação de cada cidade. Os critérios analisados foram: evolução da pandemia de Covid-19 e capacidade do sistema de saúde. 

    A classificação chega a 5 níveis, começa pela mais rígida e vai até à normalidade, passando pelo vermelho, laranja, amarelo, verde e azul. 

    Para as cidades classificadas no nível mais crítico, em vermelho, as cidades não podem relaxar nenhum setor da economia por mais 15 dias a partir de 1º de junho. 

    Municípios da região metropolitana, Baixada Santista e Registro foram incluídos nessa etapa, com exceção da capital paulista. A cidade que é a que mais tem casos da Covid-19 no Estado ficou na zona laranja, podendo reabrir, de forma gradual, comércio, shopping, concessionárias, escritórios e atividades imobiliárias. 

    O município de São Paulo registra 51.852 casos confirmados do novo coronavírus e 3421 mortes. Além disso, a taxa de ocupação dos leitos de UTI está em 85%. 

    O fato causou indignação dos demais prefeitos da região metropolitana, que somam menos casos e condições mais favoráveis, como taxa de isolamento alta e boa capacidade no sistema de saúde. 

    É o caso de Cajamar com 65% da taxa de ocupação do leitos, 81 casos confirmados de Covid-19 e 21 mortes. O prefeito Danilo Joan diz que não entendeu a mudança de critérios para flexibilização do governo estadual.  “Nós cumprimos todos os requisitos, da noite para o dia mudam, cumprimos a quarentena e fomos punidos”, afirmou. 

    Em reunião na noite desta quarta-feira com o secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, a explicação é de que as demais cidades da região metropolitana não atendem aos critérios de DRS (Departamento Regional de Saúde), diferentemente da capital paulista que possui mais capacidade do sistema de saúde.

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